EUA oferecem garantias de segurança ‘sólidas’ à Ucrânia por 15 anos

O presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, apertam as mãos durante uma coletiva de imprensa após conversas na residência de Trump em Mar-a-Lago, em Palm Beach, Flórida, em 28 de dezembro de 2025. (Foto de Jim WATSON / AFP)

O governo dos Estados Unidos ofereceu garantias de segurança “sólidas” à Ucrânia por um período de 15 anos, prorrogável, informou nesta segunda-feira (29) o presidente Volodimir Zelensky, que solicitou a Donald Trump um prazo mais longo.

Os dois mandatários se reuniram no domingo, na Flórida, para avançar em um possível acordo para acabar com a guerra, que começou em fevereiro de 2022 com a invasão das tropas russas ao território ucraniano.

“Eu realmente queria que as garantias fossem mais longas. Eu disse a ele que realmente queremos considerar a possibilidade de 30, 40, 50 anos”, afirmou Zelensky em uma entrevista coletiva virtual. Trump respondeu que pensaria na possibilidade, acrescentou.

Segundo Zelensky, o fim da lei marcial, que está em vigor desde o primeiro dia da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, dependerá das garantias de segurança. A lei proíbe que os homens ucranianos com idades entre 25 e 60 anos (que podem ser recrutados) abandonem o país, exceto quando recebem uma autorização especial.

“Todos queremos que a guerra termine e só então a lei marcial será suspensa. Este é o único caminho. No entanto, o fim da lei marcial acontecerá quando a Ucrânia obtiver garantias de segurança”, declarou Zelensky à imprensa.

“Sem garantias de segurança, não se pode considerar que esta guerra tenha realmente terminado”, acrescentou. O presidente ucraniano destacou que qualquer acordo para acabar com a guerra “deve ser assinado por quatro partes: Ucrânia, Europa, Estados Unidos e Rússia”.

Zelensky disse esperar que autoridades americanas e europeias se reúnam em breve na Ucrânia. Segundo ele, a reunião seria um encontro preparatório para outro evento entre dirigentes europeus e ucranianos, antes de uma eventual cúpula entre Donald Trump e líderes europeus.

“Estamos todos firmemente decididos a fazer com que as reuniões que mencionei aconteçam em janeiro. Depois disso, acredito que, se tudo avançar pouco a pouco, haverá um encontro, de uma forma ou de outra, com os russos”, indicou Zelensky.

*Com AFP 

Fonte: Jovem Pan News

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