Comissão visa investigar porque 2 mil obras na área da educação entre 2006 e 2018 não foram concluídas; Rodrigo Pacheco diz que congresso não pode usar instrumento investigativo com finalidade eleitoral
Os senadores governistas conseguiram assinaturas necessárias para abertura de uma CPI sobre obrar inacabadas na educação e possíveis irregularidades no Fies durante o governo do PT. Os parlamentares já protocolaram o pedido de abertura da Comissão, que vai apurar eventuais irregularidades em obras iniciadas e não concluídas que foram financiadas com recursos do FNDE entre 2006 e 2018. O senador Carlos Portinho (PL-RJ) está liderando as articulações da CPI e confirmou que mais de 2 mil obras que usaram recursos do fundo estão inacabadas sem justificativa. “O que há de concreto e surpreendeu a todos foi a revelação de que há mais de 2 mil obras inacabadas e que 98% dizem respeito do período entre 2006 e 2018, durante o governo do PT. Esse é um fato concreto. E esse fato concreto nos levou a colher assinaturas para abertura da CPI. Foram 28 assinaturas, CPI protocolada. Requerimento para abertura de um assunto que é de extrema importância. Tem gente, alunos, crianças e universitários há mais de 15 anos esperando a entrega. Certamente se não houve, é porque houve desvio e corrupção na maioria destas obras”< disse Portinho.
O senador também confirmou que a CPI quer investigar possíveis irregularidades no Fies, programa de financiamento estudantil. “O Fies é uma caixa-preta e, como a gente está falando do Ministério da Educação, desse período passado, além das 2 mil obras inacabadas, o Fies é e será objeto dessa CPI”, concluiu Portinho. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), voltou a defender que o parlamento não pode usar nenhum meio de investigação com fins eleitoreiros. “Nós não podemos usar nenhum instrumento com fins eleitorais no Senado Federal, especial no momento em que o Brasil vive uma crise e com o acirramento muito grande da política”, disse Pacheco. Na contramão, a oposição continua se articulando para conseguir o número mínimo de assinaturas e dar andamento à CPI do MEC, que quer investigar o possível esquema de favorecimento dentro da pasta. O senador José Serra (PSDB-SP), mesmo assim, o requerimento não tem o número mínimo de 27 assinaturas para avançar. O líder da oposição, Randolfe Rodrigues, disse que vai continuar em busca das assinaturas necessárias para instaurara CPI e passar a limpo as denúncias de corrupção no MEC.
*Com informações da repórter Iasmin Costa
Fonte: Jovem Pan News
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