O Centro Médico Tel Aviv Sourasky – Ichilov Hospital, em Israel, confirmou neste sábado (21) o primeiro caso de varíola dos macacos. Conforme relatado pela Reuters, o paciente é um homem de 30 anos que retornou de uma viagem pela Europa Ocidental, o estado dele é considerado estável (leve) e ele segue em quarentena.
Ao N12 News, o ministro da Saúde do país, Nitzan Horowitz, disse que o governo já está se movimentando para a compra de vacinas contra varíola – que também abrange o vírus da varíola dos macacos – que serão aplicadas tanto em pacientes como na equipe médica que está à frente dos atendimentos. Contudo, o político ressaltou que “isso não é uma pandemia, não é nada como o coronavírus“, não havendo motivos para desespero da população.
A varíola dos macacos está presente em algumas regiões da África e a nova onda de casos desperta preocupação. Ela é da mesma família da varíola convencional, erradicada no mundo todo em 1980, e se trata de um vírus zoonótico, ou seja, passa do animal para o ser humano. Até sexta-feira (20), um total de 143 casos de varíola dos macacos já haviam sido documentados, com registros na Itália, Espanha, Reino Unido, Portugal e Suécia. Recentemente, Austrália, Estados Unidos e Alemanha também entraram para a lista, sendo neste último um paciente brasileiro.
No Brasil, uma comissão técnica foi criada com sete profissionais que irão montar um plano estrutural para a rede de saúde, uma forma de se preparar para os primeiros casos surgirem aqui. Segundo a virologista Giliane Trindade, que faz parte do grupo, a entrada do vírus no país é inevitável.
“A gente está vendo o perfil de disseminação desse vírus por países da Europa, já chegou aos Estados Unidos, ao Canadá, em Israel. Então existe um risco iminente da entrada dele no Brasil”, explicou Trindade, que também é professora e pesquisadora do Instituto de Ciências Biológicas da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e especialista em poxvirus (vírus que em vertebrados causa erupções cutâneas).
Fonte: Olhar Digital
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