Nelsinho Trad defende que acompanhamento das investigações pelos senadores aconteça de forma tranquila e sensata: ‘O que a gente quer é a verdade’
O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) defende que o “palanque político” e as eleições de outubro sejam deixados de lado pelos membros da comissão criada para investigar as mortes do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo no Vale do Javari, na Amazônia. Escolhido como relator do colegiado, o parlamentar entende que os trabalhos devem focar em acompanhar as investigações. “De forma tranquila, sensata, levar aquilo que pode ser levado, uma vez que o processo corre em segredo de Justiça, ao conhecimento da sociedade. Ninguém concordou com o desfecho tráfico dessa situação, que foi o assassinato dessas duas pessoas”, iniciou o senador, durante entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, nesta terça-feira, 21.
“Lógico que as ações dos órgãos competentes do governo precisam ser apuradas, mas isso dentro de uma sensatez, deixando de lado o palanque eleitoral, a situação que o Brasil está vivendo de eleições neste ano. O que a gente quer é a verdade, a verdade sempre faz bem”, completou o político. Segundo Trad, a comissão vai acompanhar os trabalhos desenvolvidos pela Polícia Federal e pela Procuradoria-Geral da República, principalmente após a visita do procurador Augusto Aras à região. “Ele é muito colaborativo com o Congresso. Já entrei em contato com ele e estava retornando de viagem. Ele vai fazer uma audiência conosco para levar suas impressões a respeito dessa situação, o que é de grande valia por ser uma pessoa sensata e equilibrada”, acrescentou.
Questionado sobre o papel do Congresso Nacional nas investigações, o relator defendeu que é preciso coibir esses crimes e garantir que novos assassinatos como o de Dom Phillips e Bruno Araújo não aconteçam novamente. “Os motivos que levaram esses assassinos a promover essa matança a gente precisa esclarecer”, disse Nelsinho Trad, reforçando que a repercussão internacional afeta a imagem positiva do Brasil. “Qualquer assassinado, em qualquer país, de um estrangeiro gera uma repercussão internacional, temos que evitar isso, porque o Brasil tem característica pacificadora, DNA da paz e toda vez que vemos uma situação como essa aparece não é boa.”
Fonte: Jovem Pan News
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