Os Portos de Auckland, na Nova Zelândia, estão recebendo um rebocador elétrico de grande porte para manuseio de navios, voltado para operações vitais no mar sem emissões. Construído pelo estaleiro de Damen, Sparky é o primeiro de sua série RSD-E Tug, sendo equipado com nada menos que 2.040 baterias.
Toda essa composição é suportada em 80 racks de bateria, produzindo um total de 2.784 kWh. A chegada de Sparky (que ganhou este nome após uma votação pública no país em 2020) ao porto neozelandês é um fator-chave para as pretensões do local de se tornar livre de emissões até 2040.
Um rebocador elétrico tão forte quanto os rebocadores a diesel
Um acabamento em verde brilhante foi escolhido para Sparky se destacar dos demais rebocadores. Em dimensões, temos no veículo elétrico 24,73 metros de comprimento, com 6 metros de calado. Dotado de dois propulsores azimutais com hélices de 3 metros, sua tração de amarração é de 70 toneladas, algo tão forte quanto o rebocador a diesel mais poderoso do porto da maior cidade da Nova Zelândia.
A expectativa para o e-rebocador é de uma economia de 465 toneladas de emissões de CO2 a cada ano. Isso fora a redução do custo de operação, até três vezes menor que o de um rebocador a diesel. Com uma única carga, o Sparky pode completar quatro movimentos de transporte, precisando de apenas duas horas para recarregar. Além disso, há dois grupos geradores de backup de 1.000 kW para o rebocador elétrico poder enfrentar situações de emergência.
Trabalhando no mar sem fazer muito barulho
Allan D’Souza, líder no projeto do e-rebocador, lembra que o lançamento de Sparky ao mar levou seis anos. “Em 2016, quando lançamos a ideia de um rebocador totalmente elétrico, nos disseram que estávamos sonhando”.
“Você poderá avistar Sparky na água, pois sua superestrutura é pintada de verde brilhante, ao contrário de nossos rebocadores a diesel”, diz D’Souza. “O que você não notará é barulho ou fumaça; sendo elétrico, ele é muito mais silencioso e mais limpo que nossos rebocadores a diesel atuais”. Nas próximas seis semanas, o rebocador será testado na área de Auckland, antes de estar pronto para iniciar as operações.
Fonte: Olhar Digital
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