Parlamentares querem apurar denúncias de corrupção e possível tráfico de influência dentro do Ministério da Educação
No Congresso Nacional, 27 senadores já assinaram o requerimento pela abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar irregularidades na distribuição de verbas no Ministério da Educação (MEC). A oposição ao governo de Jair Bolsonaro (PL), liderada pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede), já tem as assinaturas necessárias, mas até apresentar o pedido de abertura da CPI vai trabalhar para ter um apoio mais robusto no Senado Federal. Novas assinaturas, como a do presidente da Comissão de Educação, senador Marcelo Castro (MDB), devem ser registradas ainda nesta semana e a expectativa é de que a comissão seja instalada antes do recesso parlamentar de julho, e as atividades ficariam para agosto. A CPI quer apurar denúncias de corrupção e possível tráfico de influência dentro do MEC.
Um fator que pode causar o esvaziamento da CPI é o de que justamente em agosto também começam as campanhas eleitorais. O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, avalia que no segundo semestre os olhos dos parlamentares ficarão voltados para as bases em seus respectivos estados. “Acho complicado porque está todo mundo pensando em eleição, mais três meses e já tem a eleição. Falta tempo0 para isso progredir. Acho também que não vai pra frente”, declarou o general.
Quem decide sobre o andamento da comissão é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que está em conversas com os líderes de bancada, mas o parlamentar pondera que acha perigosa a criação de uma CPI em período pré-eleitoral. No Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Carmen Lúcia mandou a Procuradoria Geral da República (PGR) se manifestar a respeito de um pedido para investigar se o presidente teve, ou não, envolvimento no suposto esquema de corrupção do MEC, que veio à tona após a prisão do ex-ministro da pasta, Milton Ribeiro. O pedido foi apresentado ao STF pelo deputado Reginaldo Lopes, líder do Partido dos Trabalhadores na Câmara. Cabe ao procurador-geral da República decidir se oferece a denúncia contra Jair Bolsonaro.
*Com informações da repórter Iasmin Costa
Fonte: Jovem Pan News
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