A Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu, na última sexta-feira (24), anular o processo Roe x Wade, precedente que era utilizado desde 1973 para garantir que mulheres norte-americanas tivessem o direito de realizar um aborto de maneira legal.  

Após o anuncio da decisão, diversas pessoas começaram a utilizar as redes sociais, como Instagram e Facebook, para oferecer pílulas abortivas legais. Porém, esses usuários notaram que as plataformas da Meta passaram a censurar essas publicações.  

De acordo com algumas pessoas, as publicações chegaram a ser removidas em poucos segundos na própria sexta-feira. Em um dos casos, o usuário viu seu perfil ser suspenso temporariamente após a oferta do medicamento.  

Aparentemente, a palavra-chave para remoção é “pílulas de aborto”, já que postagens com outras combinações de termos não foram sinalizadas e nem bloqueadas pelas plataformas.  

Respondendo um usuário no Twitter, o diretor de comunicações da Meta, Andy Stone, revelou que é proibido “comprar, vender, trocar, presentear, solicitar ou doar produtos farmacêuticos” nas redes sociais da empresa.  

Stone pontuou que o debate sobre acessibilidade de medicamentos prescritos é completamente permitido e que foram encontrados alguns casos de remoção incorreta de publicações e eles serão corrigidos.  

O Instagram, por sua vez, publicou em seu perfil no Twitter que está passando por um problema que está causando a remoção inadequada de conteúdos, apresentando as “telas de sensibilidade”.  

Um porta-voz da plataforma, afirmou ao portal TechCrunch, que o problema não está afetando apenas publicações que falem sobre pílulas abortivas, que posts com outras temáticas também estão sendo censurados de maneira errada.

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