Em entrevista ao Pânico, ex-procurador rebateu acusações de politização na operação: ‘A sociedade apoiou e seguiu apoiando’
O ex-procurador Deltan Dallagnol foi o convidado do programa Pânico desta quinta-feira, 30. Em entrevista, ele rebateu acusações de politização e corrompimento na Operação Lava Jato. “A verdade é simples. É só olhar o que foi devolvido para os cofres públicos: 15 bilhões de reais. É um caso de excesso de provas de casos de corrupção. Dinheiro não cresce em árvore, esses 15 bilhões devolvidos por quem praticou corrupção é algo que não se inventa. As provas são claras, basta olhar os processos, as condenações, as evidências”, disse. “A sociedade apoiou e seguiu apoiando. No final da Lava Jato, tínhamos uma unanimidade muito rara no Brasil: 80% da população brasileira ainda queria a continuidade da operação. Existe uma indignação, uma vontade de mudar, mas existe uma reação do sistema corrupto, feita por narrativas”, acrescentou.
Dallagnol lembrou também da anulação de condenações e sentenças da Lava Jato feitas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e afirmou que operação fez com que políticos esvaziassem leis para fugir de punições. “Grande parte dos investigados tinham as leis nas mãos, eles vão mudar e esvaziar as leis para que evitem as punições passadas e para que evitem no futuro serem punidos. As razões para os casos serem anulados, praticamente todos, menos o do Lula, foram anulados por uma razão muito simples. O STF mudou a regra do jogo, mudou no tapetão”, afirmou. “O Supremo não é justiça, Supremo já passou dos limites faz tempo, basta olhar o inquérito das fake news e olhar a condenação de Daniel Silveira. Não que ele tenha feito uma coisa bonita, o que ele fez foi horrível, tinha que ter sido expulso da Câmara, mas o que o Supremo fez foi ultrapassar todas as barreiras”, concluiu.
Fonte: Jovem Pan News
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