Urna eletrônica reduziu em 82% o número de votos inválidos, diz estudo

Urna eletrônica fotografada antes do início das Eleições 2010

Erros ou rasuras nas cédulas de papel invalidavam as escolhas dos eleitores nas eleições passadas

Implantada gradualmente a partir das eleições municipais de 1996 e definitivamente implantada quatro anos depois, a urna eletrônica fez com que se encerrasse de vez a era da votação em cédulas de papel. Um estudo da Universidade Federal de Pernambuco revelou que o equipamento reduziu em 82% o número de votos inválidos nos pleitos, o que era comum acontecer na época do voto físico. Muitas vezes erros ou rasuras impediam a contagem do voto como válido. Os votos inválidos recuaram de 41% do total para 7,6%. Essa redução ocorreu porque é muito mais fácil digitar a numeração do candidato ou candidata na urna eletrônica. Nesta terça-feira, 9, em entrevista exclusiva à Jovem Pan News, o senador Eduardo Girão (Podemos) disse que, apesar dos dados, a discussão sobre as urnas ainda é legítima: “Eu fui pegar o carro esses dias com um manobrista, em um evento que eu fui, e ele comentou com o colega: ‘Tudo o que a gente faz quando vai comprar alguma coisa tem o comprovante, quando vai pagar uma conta, tem, quando entrego o carro tem um comprovante. Será que o meu voto vai ser computado mesmo?’. Então isso é um debate da sociedade, ninguém pode proibir que a sociedade reflita sobre isso e se mobilize sobre isso”. O autor do artigo ressalta que, entre 1980 e 2000, o Brasil era campeão de votos inválidos na América Latina, até o surgimento da urna eletrônica.

*Com informações do repórter Bruno Pinheiro

Fonte: Jovem Pan News

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