A Apple está sendo processada por uma ação coletiva aberta em Nova York no dia 24 de dezembro, alegando que a função de leitura de oxigênio no sangue do Apple Watch tem resultados imprecisos para usuários negros.
O dispositivo da Apple utiliza LEDs vermelhos, verdes e infravermelhos para calcular os níveis de oxigênio no sangue. De acordo com o processo, a tecnologia do relógio inteligente é “significativamente menos precisa na medição dos níveis de oxigênio no sangue com base na cor da pele”.
O processo tem autoria de Alex Morales em nome dos usuários que compraram o relógio em Nova York, mas também representa usuários dos estados de Arkansas, Carolina do Norte, Dakota do Norte, Idaho, Iowa, Mississippi, Utah e Wyoming.
A ação também acusa a Apple de cometer violações à Lei Comercial Geral de Nova York e Leis Estaduais de Fraude ao Consumidor por garantia expressa, fraude e enriquecimento sem causa.
Além do relógio da Apple, a imprecisão em dispositivos de medição de oxigênio no sangue é observada há algum tempo. Em julho, pesquisadores de Harvard revelaram em estudo que oxímetros apresentam resultados diferentes entre pacientes brancos, negros, hispânicos e asiáticos.
“Quando um paciente tem leituras falsamente elevadas de SpO 2 de um oxímetro de pulso, ele pode estar em risco aumentado de hipoxemia oculta, que ocorre com maior incidência entre pacientes de grupos raciais e étnicos minoritários do que entre a população em geral e está associada a taxas de mortalidade mais altas” diz o relatório.
O processo menciona outros estudos realizados durante a pandemia que mostram os problemas dos oxímetros para usuários e pacientes negros. Segundo o processo, a pandemia “convergiu com uma maior consciência do racismo estrutural que existe em muitos aspectos da sociedade”.
Outros problemas com o Apple Watch já foram identificados anteriormente por pessoas com tons de pele mais escuros. Em 2015, o Apple Insider revelou que o sensor cardíaco do relógio apresentava falhas para usuários que tinham tatuagens na região do pulso.
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Fonte: Olhar Digital
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