Fernández pede impeachment de ministros da Suprema Corte da Argentina por ‘mau desempenho de suas funções’

Alberto Fernandez

Presidente deu início nos processos legislativos para remover juízes da mais alta instância do Judiciário argentino; porta-voz da presidência acusou a Corte de interferência nos outros Poderes

O presidente da Argentina, Alberto Fernandéz, convocou a parlamentar líder do bloco governista na Câmara dos Deputados, Germán Martínez, e a presidente da Comissão de Impeachment, Carolina Gaillard, para requerer o início do trâmite legislativo que pode resultar no impeachment de ministros da Corte Suprema de Justiça. Nesta quinta-feira, 4, o mandatário publicou uma mensagem nas suas redes sociais em que expõe sua intenção em decorrência das “reiteradas condutas que constituem causa de mau desempenho de suas funções”. Gabriela Cerruti, porta-voz da presidência, também confirmou a intenção de Fernandéz e ressaltou que o governo irá convocar sessões extraordinárias para analisar os pedidos de impeachment até o fim do mês de janeiro. “Trata-se de uma decisão histórica que tem a ver com a gravidade da situação, onde a Corte intervém na atuação de outros poderes em desacordo com a Constituição”, afirmou Cerruti. Dos 23 governadores das províncias argentinas, 11 deles manifestaram apoio à medida. Atualmente, a Suprema Corte da Argentina é composta por Horacio Rosatti, presidente do órgão, Carlos Rosenkrantz, Juan Carlos Maqueda e Ricardo Lorenzetti. Há uma quinta cadeira que encontra-se vaga desde a renúncia de Elena Highton de Nolasco. No Brasil, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), também foi alvo de pedidos por parte de senadores e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – enquanto esteve no poder.

Convoqué a @gerpmartinez y @CaroGaillard, presidentes respectivamente del Bloque de FdT y de la Comisión de Juicio Político para entregarles el pedido de Juicio Político a miembros de la CSJN que impulsamos con gobernadores. Les pedí que inicien su pronto tratamiento legislativo. pic.twitter.com/BCtl040uLg

— Alberto Fernández (@alferdez) January 4, 2023

Fonte: Jovem Pan News

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