Moraes acata pedido da PGR e inclui Bolsonaro em investigação atos de vandalismo no DF

Jair Bolsonaro

Inquérito mira autores intelectuais da depredação dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou o pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e incluiu o ex-presidente Jair Bolsonaro na investigação sobre os atos de vandalismo ocorridos no Distrito Federal. No domingo, 8, um grupo de manifestantes invadiu e depredou as sedes do STF, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto. A investigação tenta descobrir quem são os autores intelectuais e instigadores do episódio. Como a Jovem Pan mostrou, o coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos do Ministério Público Federal, subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos, pediu ao STF para investigar Bolsonaro por uma possível incitação pública à prática de crime, descrito no artigo 286 do Código Penal.

Na terça-feira, 10, o ex-presidente da República publicou, em seu perfil no Facebook, um vídeo com contestações à higidez do processo eleitoral. A publicação foi excluída horas depois. “Não se nega a existência de conexão probatória entre os fatos contidos na representação e o objeto deste inquérito, mais amplo em extensão. Por tal motivo, justifica-se a apuração global dos atos praticados antes e depois de 8 de janeiro de 2023 pelo representado”, disse Santos. Na decisão proferida na noite desta sexta-feira, 13, Moraes também determinou que o Meta (antigo Facebook) preserve o vídeo, inclusive os metadados do post, “para melhor aferir sua autoria, e, por fim, informações sobre seu alcance (número de visualizações, número de compartilhamentos e número de comentários), antes de ser apagado”.

Em outro trecho do despacho, o ministro Alexandre de Moraes também disse que o interrogatório de Bolsonaro deve ocorrer em outro momento, uma vez que o ex-presidente está nos Estados Unidos. “Diante das notícias de que o ex-Presidente não se encontra no território brasileiro, o pedido de realização do interrogatório do representado, Jair Messias Bolsonaro, será apreciado posteriormente, no momento oportuno”, escreveu o magistrado.

Reportagem em atualização. 

Fonte: Jovem Pan News

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