O Ministro da Justiça, Flávio Dino, deu detalhes dos bastidores da reação do governo à invasão à Praça dos Três Poderes e seus prédios por golpistas no domingo (10). A entrevista foi dada à TV 247.
Dino disse que houve golpe de Estado faticamente, mas não juridicamente, ao dizer que “eles tomaram conta simultaneamente das sedes dos três poderes. Juridicamente, em face de alguns elementos, o golpe não se viabilizou”.
Segundo o ministro, a “rápida decisão” de decretar intervenção federal e a assunção da segurança do DF foram determinantes.
“Isso foi enviado por WhatsApp ao presidente Lula, e ele me perguntou: ‘Flávio, como eu assino?’. Eu disse: ‘Presidente, assine e me mande a foto, porque decreto no meio de uma emergência dessa vale. Não tinha nem lugar para numerar o decreto. Vai assinar eletronicamente como?”.
Flávio Dino, Ministro da Justiça
O ministro continuou: “Ele me mandou o WhatsApp e eu entreguei o decreto na mão do hoje interventor [Ricardo Cappelli] e disse para ele descer e assumir o comando. Havia WhatsApp. Em 1964 não havia. Nós fizemos intervenção federal por WhatsApp, mas era o que tinha no momento. Ou era assim ou não era.”
Via Brasil 247
Por que bolsonaristas se mobilizam pelo Telegram e não pelo WhatsApp?
No último domingo (8), o mundo inteiro assistiu um grave ataque à democracia do Brasil. Radicais apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) se organizaram pelas redes sociais, como Telegram, para realizar um ato em Brasília contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No entanto, o que parecia uma manifestação política se tornou um ato criminoso e terrorista. Os radicais invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e a sede do Supremo Tribunal Federal (STF), destruindo o patrimônio público e ameaçando a democracia brasileira.
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Imagem destacada: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Fonte: Olhar Digital
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