A Livraria Cultura resistiu, mas a crise econômica falou mais alto. A Justiça de São Paulo decretou a falência da rede, uma das mais tradicionais do país nesse setor. A decisão veio mais de quatro anos depois de a 2ª Vara de Falência e Recuperações Judiciais do Foro Central Cível aceitar o pedido de recuperação judicial da empresa.

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A maior parte das dívidas era com fornecedores e bancos – o total chegava a R$ 285,4 milhões. O juiz Ralpho Waldo de Barros Monteiro Filho justificou a falência alegando o “descumprimento do plano de recuperação judicial”. A Livraria Cultura tinha dificuldades financeiras desde 2015, quando o mercado editorial passou a encolher mais rapidamente.

O juiz afirma reconhecer a importância da empresa no Brasil: ”Não apenas para a economia, mas para as pessoas, para a sociedade, para a comunidade, não apenas de leitores, mas de consumidores em geral”.

Após o anúncio de falência, o magistrado decretou o prazo de 48 horas para a identificação e avaliação de bens e produtos. Ele também bloqueou os ativos financeiros e contas da 3H Participações (que controlava a movimentação financeira da empresa).

Livraria Cultura deixará o coração de São Paulo

Há duas unidades da Livraria Cultura: uma em São Paulo e outra em Porto Alegre. A loja da capital paulista é, além de um comércio importante, um ponto turístico: