Sábado, Novembro 23, 2024
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Lira chama autonomia do Banco Central de ‘marca mundial’ e diz que Congresso ‘não retroagirá’

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Presidente da Câmara ressaltou que Brasil precisa se inserir no contexto global de independência do BC; governo federal passou a criticar o Bacen após decisão de manter a taxa de juros em 13,75%

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), participou nesta quinta-feira, 9, do evento Show Rural, em Cascavel (PR), e defendeu a autonomia do Banco Central – modelo aprovado pelo Congresso Nacional em 2021. No evento, o político ressaltou que o Brasil precisa se inserir no contexto global – de independência do Bacen – e que a medida é uma “marca mundial”. “Eu tenho a escuta, a tendência do que a maioria do plenário pensa. Com relação à independência do Banco Central, esse assunto não retroagirá. O Banco Central independente é uma marca mundial, o Brasil precisa se inserir neste contexto”, afirmou o mandatário da Casa legislativa. A manifestação de Lira coincide com a fala do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que ontem também defendeu a autonomia do órgão e disse que a medida é um “avanço” por afastar “critérios políticos de algo que tem um aspecto técnico muito forte” e chamou o mandatário do Banco Central, Roberto Campos Neto, de “um homem bem preparado”. Os posicionamentos dos líderes legislativos vai de encontro com as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que nos últimos dias passou a criticar a condução do Bacen em decorrência da decisão de manter a taxa de juros em 13,75% e chamou a medida de “uma vergonha”. “Não é possível que a gente queira que este país volta a crescer com taxa de 13,75%. Nós não temos inflação de demanda. É só isso. É isso que eu acho que esse cidadão [Campos Neto], indicado pelo Senado, tenha possibilidade de maturar, de pensar e de saber como vai cuidar deste país”, disse Lula em entrevista recente à Globonews. No entanto, Alexandre Padilha, ministro das Relações Institucionais, se manifestou nos últimos dias para reafirmar que não existe discussão no governo federal para mudar a lei de autonomia do Banco Central, mas sim uma vontade de que aquilo que estão nos objetivos do BC sejam cada vez mais perseguidos por todos”.

Fonte: Jovem Pan News

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