O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, defendeu a criação de novas regras contra fake news e afirmou que as redes sociais foram “instrumentalizadas” por radicais.
As declarações foram feitas durante uma reunião com representantes de plataformas digitais, que incluiu integrantes do Telegram, TikTok, Kwai, Google e Meta – a dona do Facebook, Instagram e WhatsApp. Este tipo de reunião não é uma novidade, com Moraes as repetindo desde o ano passado, quando assumiu a presidência do TSE.
Obviamente, a culpa não foi das redes. Senão, as redes estariam na Colmeia e na Papuda também.
Alexandre de Moraes, presidente do TSE, se referindo a presídios de Brasília
“Mas as redes foram instrumentalizadas. Então, essa instrumentalização, com a experiência que tivemos todos nas eleições e até no 8 de janeiro, acho que a gente pode aproveitar para construir alguma coisa para tentar evitar isso,” afirmou o presidente do TSE.
A data citada por Moraes, 8 de janeiro, se refere ao ato golpista de invasão e depredação do Palácio do Planalto, do Congresso e do Supremo Tribunal Federal (STF) que ocorreu no início deste ano. Estes atos foram organizados por meio de redes sociais.
Além disso, Moraes pediu aos representantes das redes sociais presentes que elaborem propostas para aumentar o controle contra as chamadas fake news, ou notícias falsas, em suas plataformas.
Minha ideia, nesta primeira conversa, é que a gente comece a construir dois planos distintos: algo em torno de uma autorregulação – isso é muito importante, não tenho a menor dúvida que, se não for algo construído junto, a chance de ser eficiente é muito pequena. Vocês tem que mostrar para a gente os melhores caminhos. O segundo é alguns ‘standarts’ para regulamentação que vai ser feita no Congresso.
Alexandre de Moraes, presidente do TSE, sobre propostas contra as fake news
Por fim, o presidente do TSE agradeceu o apoio das redes sociais neste combate às fake news, apesar de ter apontado que, em alguns casos, tratou-se de um apoio forçado. Em 2022, o TSE firmou acordo com representantes de redes sociais contra as fake news, mas integrantes do Telegram não participaram do acordo, aderindo apenas um tempo depois.
“Eu tomei a liberdade de chamá-los para agradecer o apoio – às vezes, um apoio um pouco forçado – durante as eleições. Todos tivemos, eu diria, que nos adaptar a novas formas, acho que acabou dando certo: prazos, tempos, vocês sabem melhor que eu”, afirmou o presidente do TSE nesta quarta.
Fonte: Olhar Digital
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