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Moraes determina que Anderson Torres preste novo depoimento à PF

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Ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal deve prestar esclarecimento na segunda-feira, 24, em Brasília; ele está preso desde 14 de janeiro

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira, 20, que o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, preste novo depoimento à Polícia Federal. A oitiva está marcada para acontecer na próxima segunda-feira, 24, “na condição de declarante, assegurado o direito ao silêncio e a garantia de não autoincriminação”. “Oficie-se a Direção do estabelecimento prisional onde Anderson Gustavo Torres encontra-se para que providencie as condições necessárias para a realização de sua oitiva, inclusive mediante escolta policial para o deslocamento. Intime-se a defesa de Anderson Gustavo Torres para o ato processual designado. Ciência à Procuradoria Geral da República. Publique-se. Brasília, 20 de abril de 2023”, determina Moraes. Anderson Torres está preso desde 14 de janeiro, em Brasília, por suposta omissão relacionada aos atos de 8 de Janeiro.

A determinação do ministro do Supremo acontece dias após a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestou favorável ao pedido de revogação da prisão preventiva do ex-secretário. A manifestação, enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) condiciona a liberdade do ex-secretário ao uso de tornozeleira eletrônica, afastamento de cargo da Polícia Federal, proibição do ex-ministro da Justiça de se ausentar do Distrito Federal e de manter contato com os demais investigados. O posicionamento de Moraes também ocorre após o vazamento de imagens do Palácio do Planalto que mostram o agora ex-ministro do Gabinete Segurança Institucional (GSI) do governo Lula, general Gonçalves Dias, caminhando ao lado de invasores no terceiro andar do prédio público.

Com a repercussão da gravação, parlamentares da oposição voltaram a questionar a prisão de Anderson Torres. O ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro está preso desde 14 de janeiro Ele é investigado por suposta omissão na contenção dos atos de 8 de janeiro, em Brasília, época em que estava à frente da Secretaria de Segurança do Distrito Federal. No pedido para revogação da prisão, os advogados de Torres citam a família do ex-secretário, incluindo a saúde da mãe dele. “O postulante, de seu turno, ao passo que não vê as filhas desde a sua prisão preventiva, entrou em um estado de tristeza profunda, chora constantemente, mal se alimenta e já perdeu 12 quilos”, diz o pedido.

 

Fonte: Jovem Pan News

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