Advogados da Tesla argumentaram que declarações de Elon Musk sobre recursos do programa Autopilot (“piloto automático”) da empresa não são confiáveis, pois podem ser deepfakes, de acordo a agência de notícias Reuters.
A Tesla apresentou esse argumento como parte de sua justificativa de por que Musk não deveria prestar depoimento num processo que culpava a montadora pela morte do engenheiro da Apple, Walter Huang, num acidente em 2018.
Entenda o caso:
Defesa de Elon Musk
Advogados da Tesla afirmaram que Musk não conseguia se lembrar de detalhes sobre tais alegações e que, “como muitas figuras públicas, é o assunto de muitos vídeos e gravações de áudio ‘deepfake’, que pretendem mostrá-lo dizendo e fazendo coisas que ele nunca realmente disse ou fez”. Mas a juiza do caso disse que esse argumento era “profundamente preocupante”.
A posição deles é que, como o senhor Musk é famoso e pode ser mais um alvo para deepfakes, suas declarações públicas são imunes. Em outras palavras, o senhor Musk e outros em sua posição podem simplesmente dizer o que quiserem em domínio público, então se esconder atrás do potencial de suas declarações gravadas serem uma farsa para evitar se apropriar do que eles realmente disseram e fizeram.
Evette D. Pennypacker, juíza do Tribunal Superior do Condado de Santa Clara.
A juíza Evette Pennypacker ordenou provisoriamente que Musk prestasse três horas de depoimento sobre essas declarações. A Reuters observou que “juízes da Califórnia geralmente emitem decisões provisórias, que quase sempre são finalizadas com poucas mudanças importantes após essa audiência”.
Uma audiência está marcada para esta quinta-feira (27) para finalizar depoimento e processo deve ir a julgamento em 31 de julho.
Com informações da Reuters
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Fonte: Olhar Digital
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