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Desde o início do ano, mais de 150 pessoas já morreram por causa do conflito israelense-palestino
Após um ataque israelense que deixou mais de 20 mortos na terça-feira, 9, a Faixa de Gaza retaliou e laçou centenas de foguetes contra Israel nesta quarta-feira, 10, o que escala ainda mais a violência que vem sendo registrada nos últimos meses. Sirenes de alerta foram acionadas na região de Tel Aviv e também foram ouvidas nas cidades de Sderot, Ashdod e Ashkelon. Segundo a diplomacia israelense, mais de 270 foguetes foram lançados. Gaza confirmou a autoria do ataque. Os grupos armados que atuam na região reivindicaram em uma nota conjunta ter lançado “centenas de foguetes” contra Israel, prometendo ao “inimigo” “dias escuros” em caso de escalada. “A resistência está pronta para todas as opções”, asseguraram. Na terça-feira, exército de Israel anunciou que bombardeou uma base de lançamento de foguetes da Jihad Islâmica, depois de atacar integrantes do movimento palestino em Khan Yunes, no sul do território. A Jihad Islâmica, considerada um grupo “terrorista” por Israel, União Europeia e Estados Unidos, informou que vários integrantes do grupo morreram nestes bombardeios, pessoas que o exército do Estado hebreu descreveu como líderes do movimento envolvidos em operações anti-israelenses.
Os ataques israelenses não pararam nesta quarta-feira. Antes de ser alvo de lançamento de foguetes, eles mataram uma pessoa em um mais um ataque contra faixa de Gaza, informou o ministério da Saúde palestino. O exército israelense indicou em um comunicado que estava bombardeando “infraestruturas de lançamento de foguetes da organização terrorista Jihad Islâmica na Faixa de Gaza”, disseram. O exército israelense alvejou uma base de lançamento de foguetes do movimento, depois de ter atacado membros do grupo. Quatro dos mortos nesta quarta eram combatentes da Frente Popular para a Libertação da Palestina, informou o grupo em nota. A violência também foi registrada na Cisjordânia, onde dois palestinos acusados de atirar contra soldados.
A Faixa de Gaza, um território palestino estreito e muito pobre, tem 2,3 milhões de habitantes. O local é governado pelo movimento islâmico Hamas desde 2007 e está sob bloqueio de Israel. Desde 2008 foi cenário de várias guerras com Israel. Os habitantes da região do enclave palestino se refugiaram em abrigos e as escolas foram fechadas em um raio de 40 quilômetros ao redor do território, segundo a rádio pública israelense. “Estamos preparados para uma possível operação reforçada e ataques intensos em Gaza”, afirmou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu em uma reunião com autoridades no sul de Israel. A Liga Árabe, que realizou uma reunião extraordinária sobre o tema, condenou “com veemência” os “crimes generalizados israelenses”. O governo dos Estados Unidos pediu uma “desescalada” a todas as partes e o emissário da ONU, Tor Wennesland, chamou de “inaceitável” a morte de civis na Faixa de Gaza. Desde o início do ano, 132 palestinos morreram, assim como 19 israelenses, uma ucraniana e um italiano no conflito israelense-palestino.
*Com informações da AFP
Fonte: Jovem Pan News
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