Após mensagem do Telegram disparada em massa na terça-feira (9) criticando o PL 2.630 — também conhecido como Projeto de Lei das Fake News — o governo federal, parlamentares e o Ministério Público Federal reagiram à publicação.  

Resumo: 

De acordo com informações do Jornal Nacional, o MPF também quer saber quais são as regras de uso da plataforma para entender se há uma autorização para enviar mensagens não relacionadas a questões técnicas do app. 

O relator do PL das Fake News, Orlando Silva, do PCdoB, também criticou o Telegram no Plenário.

O Telegram espalha mentiras no Brasil afirmando que o parlamento brasileiro quer aprovar censura, quer acabar com a democracia. Isso é escandaloso. É um escândalo que uma multinacional tente colocar o Congresso Nacional brasileiro de joelhos. O Telegram nunca participou de nenhum debate nesta Casa porque não se interessou em contribuir com as discussões legítimas que o parlamento fez. Sempre foi chamado para debater e nunca se fez presente.  

Orlando Silva, do PCdoB, em discurso no Plenário. 

O deputado acrescentou que a plataforma está “abusando do poder econômico, utilizando a sua estrutura para mentir, para atacar a democracia brasileira, porque atacar o parlamento é atacar a democracia brasileira”. 

Google ajuda na identificação de fontes seguras
Imagem: Shutterstock

O que está acontecendo? 

Recentemente, o Google veiculou em sua página principal um link que dizia “O PL das fake news pode aumentar a confusão sobre o que é verdade ou mentira no Brasil”. O Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor), entrou com pedido de multa. A plataforma retirou o link em seguida.

Na mensagem enviada pelo Telegram, o texto também cita o Google, dizendo que eles (e a Meta) se uniram “para mostrar ao Congresso Nacional do Brasil a razão pela qual o projeto de lei precisa ser reescrito”. Em nota, o Google negou participação no conteúdo e disse que não autorizou a veiculação de seu nome.