Presidente falou sobre dificuldades para aprovação do texto e defendeu diálogo com o Parlamento, principalmente com opositores: ‘Tem que conversar’
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) admitiu nesta sexta-feira, 2, que o Palácio do Planalto correu o risco de ser derrotado no Congresso Nacional, no âmbito da análise da Medida Provisória (MP) 1154/2023, mais conhecida como MP dos Ministérios. Em discurso na cerimônia de inauguração do Bloco Zeta, na UFABC (Universidade Federal do ABC), em São Bernardo do Campo, o petista falava sobre os primeiros seis meses de governo quando reconheceu que há um “esforço para governar” e falou sobre a relação com o Congresso Nacional. “Estamos a seis meses reconstruindo todas as políticas públicas que levamos 13 anos para fazer. (…) Vamos ter que recuperar esse país, importante saber a correlação de forças no Congresso Nacional. É importante que saibam o esforço constitucional, o esforço para governar. Ontem a gente corria o risco de não aprovar o sistema de organização do governo que fizemos. (…) Você tem que conversar com quem não gosta da gente, com quem não votou na gente. É um esforço”, desabafou o presidente.
Como o site da Jovem Pan antecipou, em meio à pressão dos parlamentares e o risco de ver a principal medida provisória ser derrotada, o próprio Lula entrou na articulação com os congressistas, com o Palácio do Planalto também liberando R$ 1,7 bilhão em emendas parlamentares em um único dia e o presidente negociando uma minirreforma ministerial em troca do apoio. Apesar das dificuldades, Lula disse estar mais otimista do que em 2003, quando assumiu seu primeiro mandato na Presidência. “Quero ter o próximos três anos como os mais importantes. Esse mandato é a coisa mais importante da minha via. É provar outra vez que um torneiro mecânico, sem diploma, vai consertar outra vez esse país”, concluiu.
Fonte: Jovem Pan News
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