Sexta-feira, Novembro 22, 2024
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Hackers comercializavam informações de ministros do STF e deputados, revela investigação

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Polícia investiga hackeamento de câmeras e vazamento de dados sigilosos de milhões de pessoas

A Polícia Civil do Distrito Federal está investigando o acesso ilegal aos dados de milhões de pessoas, com destaque para o hackeamento das câmeras de reconhecimento de placas. A dupla responsável pela ação comercializou mais de 200 milhões de informações confidenciais de brasileiros, lucrando entre R$ 217 mil e R$ 508 mil com as vendas ilegais.

Considerado um dos maiores vazamentos de dados sigilosos do país, o caso revelou informações pessoais de autoridades como o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), deputados distritais, federais e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Esquema de vazamento de dados Segundo a polícia, os hackers comercializavam informações pessoais, como números de celular, endereços residenciais, e-mails, fotos, assinaturas digitais, registros de veículos e armas. Os compradores desses dados poderiam utilizá-los para cometer fraudes eletrônicas, elaborar dossiês contra autoridades públicas e violar a privacidade dos cidadãos.

As investigações revelaram que a dupla obtinha dados de empresas e veículos registrados em nome das vítimas, além de informações sobre seus parentes e vizinhos. Além disso, os suspeitos tinham acesso às câmeras de OCR (leitura de placas), o que lhes permitia rastrear os deslocamentos das vítimas nas rodovias do país.

A polícia não divulgou os nomes dos criminosos nem a identidade dos parlamentares e juízes cujas informações foram acessadas e vendidas.

Os hackers serão investigados pelos crimes de divulgação de segredo, invasão de dispositivos informáticos, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Além disso, descobriu-se que 1.453 pessoas adquiriram os dados pessoais sigilosos de cidadãos e autoridades vendidos pelos criminosos, e elas também serão alvo de investigação.

 

Fonte: Olhar Digital

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