Um ataque com carro em Tel Aviv, em Israel, deixou ao menos sete feridos nesta terça-feira, 4. A polícia israelense recebeu denúncias de “um carro que atacou vários civis” no norte de Tel Aviv e indicou que então “neutralizou o agressor”. Segundo as autoridades locais, o ataque foi realizado por um palestino e o atropelamento foi intencional. Na sequência, o suspeito ainda esfaqueou outras pessoas. “Um suspeito que dirigia um veículo atropelou pedestres que estavam em um centro comercial da rua Pinchas Rosen (Tel Aviv), saiu do veículo e esfaqueou outras pessoas com um objeto pontiagudo”, disse um comunicado da polícia. Os médicos informaram que cinco feridos foram levados para hospitais, mas a polícia anunciou que o ataque deixou sete vítimas no total. De acordo com a polícia, “sete pessoas ficaram feridas no incidente: três delas em estado grave, duas em estado moderado e duas em estado leve, que foram levadas para os hospitais de Beilinson e Ichilov”.
“Chegamos ao local com ambulâncias de terapia intensiva. Vimos que era uma cena muito grave, e cinco feridos estavam caídos perto de um ponto de ônibus, uma mulher de 46 anos estava caída na calçada consciente e com lesões em vários sistemas, outros quatro feridos na faixa dos 30 anos sofreram ferimentos moderados e leves e foram levados para o hospital em uma ambulância de terapia intensiva”, disse o paramédico Alon Shonim, do serviço de emergência Magen David Adom (MDA, equivalente à Cruz Vermelha). Até agora, não foi revelado oficialmente a identidade do agressor, mas as autoridades israelenses costumam usar a palavra “terrorista” quando se trata de um palestino que comete um crime por motivos nacionalistas. A imprensa local o identificou como Hasin Jalila, de 23 anos, morador da cidade de Samu, no sul da Cisjordânia, que entrou em Israel com permissão para receber tratamento médico.
O ataque coincide com a escalada do conflito entre israelenses e palestinos e no segundo dia da maior incursão militar na Cisjordânia em 20 anos – território é ocupado por Israel desde 1967. Israel também registra manifestações contra a reforma judicial que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, quer realizar. O exército israelense disse ter “neutralizado” um poço subterrâneo usado para armazenar explosivos. “Os soldados localizaram e desmantelaram duas salas de operações pertencentes a organizações terroristas na área”, acrescentou em um comunicado nesta terça. A operação israelense no campo de refugiados de Jenin desencadeou sérios confrontos com milícias locais que até agora deixaram dez palestinos mortos e mais de 100 feridos. O movimento islâmico Hamas, que governa de fato em Gaza e é considerado terrorista por Israel e Estados Unidos, ameaçou se vingar de Israel, e hoje elogiou o ataque como “uma vingança heróica pela operação de Jenin”.
A Cisjordânia vive seu auge de violência desde a Segunda Intifada (2000-2005). A violência relacionada ao conflito israelense-palestino matou pelo menos 187 palestinos, 25 israelenses, um ucraniano e um italiano, segundo um balanço feito com base em fontes oficiais. A operação realizada desde segunda-feira, 3, acontece sob o governo mais conservador da história de Israel e utiliza veículos blindados, escavadeiras militares e drones. O exército bombardeou um “centro de operações conjuntas” que, segundo ele, serve como ponto de comando da “Brigada Jenin”, um grupo militante local. Simultaneamente a escalada do conflito na Cisjordânia, a área tem assistido à proliferação de novos grupos armados palestinos, que realizam cada vez mais ataques e deixaram 25 mortos do lado israelense, a maioria colonos e cinco menores de idade. Os confrontos entre as forças israelenses e os palestinos provocaram, na noite de segunda-feira, a fuga de “cerca de 3.000” residentes do campo, onde vivem 18.000 palestinos, segundo o vice-governador de Jenin, Kamal Abu al-Rub.
Fonte: Jovem Pan News
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