Ministro Alexandre de Moraes pede comemorações no 8 de Janeiro para lembrar “dia da infâmia” e “democracia inabalada”
Seis meses após os eventos ocorridos no 8 de Janeiro, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou comemorações para lembrar o “dia da infâmia” e da “democracia inabalada”. Os atos que ocorreram naquela data estão sendo investigados pela Polícia Civil do Distrito Federal (DF) e pela Polícia Federal, além de comissões parlamentares instaladas para apurar os incidentes na Câmara Legislativa do DF e no Congresso Nacional. Até o momento, a Suprema Corte recebeu 1.295 denúncias da Procuradoria-Geral da República (PGR) e realizou 133 audiências de instrução para coleta de provas e depoimentos de testemunhas. O STF admitiu centenas de denúncias e 253 pessoas foram presas por participação nas invasões que resultaram em prejuízos ao STF, Palácio do Planalto e Congresso, totalizando R$ 120 milhões.
O Poder Judiciário, com a presidente do STF, ministra Rosa Weber, reafirmou seu papel constitucional de garantir os direitos fundamentais e o Estado Democrático de Direito. “O STF atuará para que os terroristas envolvidos nesses atos sejam devidamente julgados e punidos exemplarmente”, afirmou a ministra em comunicado. “O prédio histórico será reconstruído. A Suprema Corte não se deixará intimidar por ações criminosas e por indivíduos que desrespeitam o Estado Democrático de Direito”.
Duas comissões parlamentares de inquérito foram instaladas. A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro do Congresso Nacional ouvirá o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta terça-feira, 10. De acordo com decisão do STF, Cid terá o direito de permanecer em silêncio em relação a questões sobre as quais está sendo investigado, mas deverá responder aos demais questionamentos.
Fonte: Jovem Pan News
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