A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou há poucos dias que o aspartame, um dos adoçantes mais comuns do mundo, pode ser cancerígeno. A autoridade vinculada à Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), possui uma lista sempre atualizada de alimentos, remédios, agrotóxicos e outros componentes que podem aumentar as chances de desenvolver câncer.

Há todo um processo na identificação de riscos cancerígenos para uma substância ser classificada. Esse processo é usado nas chamadas monografias da IARC.

Grupos de trabalho interdisciplinares de cientistas especializados revisam os estudos publicados e avaliam o peso das evidências. Desde 1971, mais de 1000 agentes foram avaliados.

Alimentos e o câncer

De acordo com a IARC, as substâncias podem ser inseridas em uma de quatro categorias:

Mas, além do aspartame, alguns alimentos também chamaram a atenção da agência nos últimos anos. E eles são muito consumidos por nós brasileiros:

Carnes processadas

Presunto, mortadela, salsicha, linguiça… as carnes processadas estão no Grupo 1 (são classificadas como cancerígenas) e estão sempre na mesa de muitas casas na hora do café da tarde, por exemplo. Mas o consumo diário desses alimentos não deve passar de 50 gramas.

Segundo os estudos, as carnes processadas aumentam as chances de câncer no estômago, no intestino e no reto. Elas liberam substâncias cancerígenas, como nitritos, usados pela indústria para aumentar a validade do produto, e passam por outros processos pesados antes de saírem para a comercialização.

Carne Vermelha

No Grupo 2A, está a carne vermelha. O consumo em excesso deste alimento não é bom, já que ele é provavelmente cancerígeno. Em especial, por conta da grande quantidade de ferro que há na carne vermelha. A orientação é de consumir até 500 gramas do alimento por semana, evitando fritar na hora do preparo.

Bebidas alcoólicas

Beber em excesso faz mal – e muito. O câncer de boca, faringe, laringe, esôfago, estômago, fígado, intestino e mama está ligado ao consumo de bebida alcoólica. Ou seja, o problema não fica limitado ao fígado da pessoa precisando trabalhar muito mais e sofrendo bastante após a bebedeira.

Extrato de Aloe Vera

A partir de estudos em animais, a aloe vera (famosa babosa, no Brasil) acabou entrando no Grupo 2B, já que os pesquisadores a consideram possivelmente cancerígena. Inclusive, por não haver estudos o suficiente para considerar a babosa segura, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária proíbe bebidas e alimentos à base dela. Mas o uso em produtos de limpeza, cosméticos e aromatizantes está liberado.

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Imagem: Los  Muertos Crew / Pexels / CC