Os alimentos ultraprocessados — resultado de diversos processos industriais — são tão famosos por sua praticidade quanto por seus malefícios à saúde. Além da tabela nutricional com baixos níveis de nutrientes, esses alimentos também representam certa preocupação por serem viciantes.

“Quanto maior a quantidade de ultraprocessados na dieta, maior será a ingestão do que chamamos de nutrientes críticos, que são aqueles associados com o desenvolvimento de doenças crônicas, ou seja, obesidade, diabete, pressão alta, entre outras”, afirma Giovanna Calixto, do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde, da Faculdade de Saúde Pública (FSP) da Universidade de São Paulo (USP).

O consumo desses alimentos também está associado diretamente ao aumento da ingestão de aditivos alimentares, adicionados a essas comidas com o intuito de torná-las mais saborosas e atrativas, além de aumentar a durabilidade.

Entre esses aditivos, estão os conservantes, acidulantes, corantes e espessantes. O consumo deles também está diretamente ligado ao aumento da ingestão de moléculas plásticas e da ingestão energética, que também resulta no aumento da resposta glicêmica, redução da saciedade, entre outros.

“A exposição frequente a esses fatores é bastante prejudicial à saúde e já temos estudos que mostram o impacto negativo do consumo de alimentos ultraprocessados até mesmo entre crianças”, diz Calixto.

Com informações de Jornal da USP

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