A oposição não está convencida sobre a indicação do ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, de que o novo imposto sindical não será obrigatório. Em entrevista ao programa Tá na Roda, da Jovem Pan News, o deputado Kim Kataguiri (União Brasil-SP) admitiu que a contribuição sonhada pelos sindicatos tem chance de ser criada. “Já duvidei muito de algumas votações que aconteceram na Câmara dos Deputados e acabei quebrando a cara. Mas acho que seja pouco provável porque temos hoje uma disputa de forças entre líderes da Câmara e o Palácio do Planalto, além do financiamento dos sindicatos, em regra, é algo que beneficia diretamente o PT”, comentou. Na última quinta-feira, 24, Marinho admitiu a intenção do governo de criar um substituto para o imposto sindical, extinto pela reforma trabalhista de 2017. O ministro disse que a proposta é de uma “contribuição negocial” para remunerar os sindicatos pelo serviço de negociação coletiva prestado aos trabalhadores. A ideia é que a contribuição seja de até 1% do salário anual do trabalhador. De acordo com Marinho, o governo pretende concluir o projeto em 15 dias e, após validação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), enviá-la ao Congresso . Em entrevista ao programa “A Voz do Brasil”, Luiz Marinho negou que a medida seja uma taxa compulsória, como o antigo imposto sindical, sob o argumento de que precisará passar por aprovação de assembleia de trabalhadores. No entanto, se aprovada, a taxa deverá ser paga por toda a classe, até mesmo por aqueles que votaram contra. Hoje, a contribuição sindical é facultativa. “Para os sindicatos terem assessorias técnicas capazes, competentes, para bem representar, para fazer o melhor acordo possível, é preciso que eles tenham condição financeira para isso”, acrescentou Marinho.
*Com informações do repórter Paulo Edson Fiore.
Fonte: Jovem Pan News
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