O açúcar fermentado não é tão famoso, mas é parte essencial na produção de diversos alimentos que consumimos, como queijos, bebidas e pães. Até o refinado, usado em receitas e para adoçar o café, é fruto de uma fermentação. Esse processo acontece com o auxílio de bactérias e leveduras, mas uma nova patente descobriu uma forma de usar resíduos gerados na produção do feijão e da cerveja para produzi-lo, usando um fungo no lugar.
Açúcar fermentado
Diferencial
Segundo Maria de Lourdes Teixeira de Moraes Polizeli, professora da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (USP), ao Jornal da USP, o diferencial é que o fungo produzirá a enzima necessária para alavancar o processo de sacarificação.
Nesta patente, as diferentes enzimas que vão degradar as biomassas são produzidas pelo Aspergillus brasiliensis. A biomassa, neste caso, foi o bagaço de cevada (…). O Aspergillus age aqui como uma biofábrica, usando o meio de cultivo suplementado com a palha de feijão para produzir as enzimas necessárias na hidrólise (parte da sacarificação) e consequente produção de açúcares fermentáveis.
Maria de Lourdes Teixeira de Moraes Polizeli
Vantagens ao meio ambiente
O novo processo de produção do açúcar fermentado pode ser aplicado em diversos setores, desde a produção de etanol até o tratamento de resíduos industriais. A patente vem em um momento em que, segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, a produção mundial de resíduos industriais atinge 1,3 bilhão de toneladas por ano.
A professora da USP ainda destaca a importância do projeto: ele usa resíduos poluentes para produzir uma nova matéria-prima, reaproveitando e criando um produto ecologicamente correto.
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Fonte: Olhar Digital
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