O Google enfrenta um dos maiores julgamentos antitruste da história dos EUA. O Departamento de Justiça argumenta que a dominação do big tech não se deve apenas a um bom design, mas a uma série de acordos coercitivos que permitiram que o mercado de mecanismos de busca estagnasse – enquanto o Google reclama que está sendo punido por seu sucesso.
Este caso trata do futuro da internet e se o Google Search algum dia enfrentará concorrência significativa.
Kenneth Dintzer, advogado do Departamento de Justiça dos EUA em declarações iniciais
Se o Google for impedido de competir, isso não fará com que o Yahoo ou o DuckDuckGo funcionem melhor.
John Schmidtlein, advogado representando o Google na declaração inicial
Entenda o julgamento
O Departamento de Justiça argumenta que, por volta de 2010, o Google começou a usar táticas anticompetitivas para manter um monopólio de mecanismos de busca. Já dominante sobre alternativas como Bing e Yahoo, ele cimentou sua posição fazendo acordos que colocavam o produto do Google em destaque.
À medida que crescia, ele usava vastas quantidades de dados de busca para aprimorar seu mecanismo, criando um ciclo de feedback que tornou quase impossível vencê-lo, conforme alega o Departamento de Justiça.
O caso “EUA vs. Google” é a ação mais expressiva do Departamento de Justiça desde o processo antitruste dos anos 1990 contra a Microsoft, que estabeleceu que a empresa havia eliminado a concorrência para os navegadores da web em seu sistema Windows com o Internet Explorer.
Destaques da 1ª semana
Confira abaixo os principais pontos sobre a primeira semana do julgamento que o Google enfrenta, de acordo com informações publicadas pelo site The Verge:
Próximos passos
O Departamento de Justiça deverá apresentar seu caso ao longo de setembro e início de outubro, com depoimentos de uma série de funcionários atuais e ex-funcionários do Google, incluindo o CEO Sundar Pichai.
O Google terá a chance de interrogar as testemunhas e encontrar falhas nos argumentos do Departamento. Mas provavelmente o lado deles da história não será completamente exposto até o final de outubro, após os argumentos dos procuradores-gerais estaduais.
A questão que mais importa é se o juiz Amit Mehta pode ser convencido de que o prejuízo ao consumidor se aplica a produtos gratuitos, como mecanismos de busca.
Fonte: Olhar Digital
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