Em seu segundo dia de agendas na ONU (Organização das Nações Unidas) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem reuniões previstas com o presidente do Paraguai, Santiago Peña, e com o diretor-geral da OMS (Organização Mundial de Saúde), Tedros Adhanom Ghebreyesus, que foi alvo de duras críticas do ex-presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19. Na sequência, Lula terá uma reunião com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e depois ambos participam da cerimônia de lançamento de uma iniciativa global para o avanço dos direitos trabalhistas na economia. Entre as ações propostas está a meta de, até 2030, garantir remuneração equivalente os mesmos postos de trabalho e alcançar índices de emprego pleno, produtivo e com dignidade para todas as mulheres, homens, jovens e pessoas com deficiência. O grande destaque da agenda é a reunião bilateral com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky. Este é o primeiro encontro presencial entre eles, que já haviam conversado por telefone em março.
O Brasil pretende oferecer a formação de um grupo de países considerados neutros para intermediar a invasão russa no território ucraniano. Em seu discurso, Lula afirmou, sem citar a Rússia, que a guerra na Ucrânia escancara a “incapacidade coletiva de fazer prevalecer os propósitos e princípios da carta da ONU”. “Não subestimamos as dificuldades para alcançar a paz, mas nenhuma solução será duradoura se não for baseada no diálogo”, afirmou. Em uma sequência de encontros bilaterais em Nova York, o presidente Lula se reuniu, nesta terça-feira, 19, com o primeiro-ministro da Noruega, país que é um dos principais financiadores do Fundo Amazônia. Em seguida, o presidente se reuniu com o chanceler alemão Olaf Scholz e concluiu o dia com um encontro com o presidente da Autoridade Nacional Palestiniana, Mahmoud Abbas. De acordo com o Palácio do Planalto, Abbas elogiou Lula por sua fala na abertura da Assembleia Geral da ONU em que criticou a incapacidade dos líderes globais de encontrar uma saída para o conflito entre Palestina e Israel. Lula deve retornar ao Brasil na noite desta quarta-feira, 20. Em conversa com jornalistas, Lula falou sobre o encontro com Biden.
“Eu não tenho expectativas. A expectativa é de uma conversa de dois presidentes de países, cada um com seus problemas, cada um com suas visões. Eu estou muito interessado na bilateral com o Biden, porque eu acho extremamente importante. É a primeira vez, em 500 e tantos anos da existência do Brasil, que você senta com o presidente da república americana em igualdade de condições para discutir um problema crônico, que é a precarização do mundo do trabalho (…) Nós vamos tentar ver se apontamos para a sociedade, e sobretudo para a juventude, uma alternativa. O que a gente pode fazer para que desperte na juventude a esperança de que ele vai ter garantia de estudar e com esse estudo vai ter um emprego que lhe permita viver dignamente. Se a gente conseguir isso, já valeu a pena”, declarou Lula.
*Com informações do repórter André Anelli
Fonte: Jovem Pan News
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