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‘Problema de Israel não é com a população palestina’, explica embaixador israelense ao condenar ataques do Hamas

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A guerra na Faixa de Gaza iniciou seu terceiro dia de combates após o lançamento de uma ofensiva militar do Hamas contra Israel neste sábado, 7. O confronto entre o grupo palestino e o exército israelense já soma ao menos 1.120 mortos e uma onda de destruição. Novos tiroteios já foram registrados nesta segunda, além dos bombardeios que ocorreram no fim de semana. De acordo com o último balanço das autoridades, foram 700 mortes em Israel, 413 na Faixa de Gaza e 7 na Cisjordânia. O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, analisou a situação em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News. O diplomata esclareceu que a guerra é contra o Hamas e não contra os palestinos: “O problema de Israel não é com a população palestina, o problema de Israel é com a reação do Hamas. O Hamas está atuando por dentro da população, por isso as respostas de Israel para evitar essas barragens de mísseis e foguetes são muito mais difíceis. Essa é a razão de terem vítimas do lado palestino, o Hamas está atuando por dentro da população, atrás de hospitais, escolas e outros (…) Ainda não temos números finais, mas são mais de 3 mil feridos e dezenas de israelenses captados, sequestrados e reféns na Faixa de Gaza (…) Isso é um ato terrorista, não há outras palavras para falar sobre este evento”.

“Quando centenas de terroristas armados entram em aldeias e cidades e matam civis, não tem outras palavras a não ser ataques terroristas. Infelizmente, entre as pessoas que morreram temos cidadãos não israelenses, entre eles, são três brasileiros sequestrados ou desaparecidos, que não se tem informação sobre onde eles estão, uma informação que o Itamaraty publicou. Nós tentamos fazer um esforço para saber o que acontece”, declarou Zonshine. No domingo, 8, o dia foi considerado o mais mortal de violência em Israel em mais de 50 anos. Autoridades do Hamas e de Israel confirmaram que israelenses foram feitos de reféns pelos palestinos. Segundo líderes do grupo, soldados e civis, incluindo mulheres e menores de idade, estariam entre os capturados e só seriam liberados pelo Hamas após a soltura de prisioneiros do grupo detidos em Israel.

Antes do conflito, Israel se aproximada de um acordo para retomar as relações diplomáticas com a Arábia Saudita, movimento considerado importante na perspectiva de amenizar as tensões na região do Oriente Médio. A respeito das perspectivas deste acordo após os ataques do Hamas, o embaixador israelense analisa que a situação agora é totalmente incerta: “É muito difícil falar sobre paz nesta situação em que Israel está atacada de uma maneira tão brutal. Nas últimas semanas falamos sobre as possibilidades de relações com a Arábia Saudita e outros países na área. Agora, a situação muda completamente e ainda é cedo para sabemos para onde vamos entre Israel, os palestinos e outros países do Oriente Médio”. Com relação ao do Brasil no conflito, enquanto atual presidente do Conselho de Segurança da ONU, Zonshine fez um apelo para que as autoridades tomem uma posição de liderança contra o Hamas: “A expectativa de Israel, e acho que de todo o mundo, é de que o Brasil vai liderar esses esforços, condenar a violência, o terrorismo e os ataques brutais contra civis israelenses, de uma maneira geral, e coordenar os esforços no mundo todo”.

“O assunto não é só entre Israel, acho que isso é um perigo para o Oriente Médio todo”, alertou o diplomata. O embaixador também condenou as mortes de civis de ambos os lados do confronto: “Israel não tem nada contra civis da Faixa de Gaza. Tenho que dizer que, na área da Faixa de Gaza, também há centenas de milhares de israelenses que fugiram e evacuaram suas casas pela situação, da maneira possível. Algumas foram destruídas totalmente por causa do ataque. O sofrimento civil não está só do lado palestino, está do lado israelense também e não sei para onde vamos”. Confira a entrevista completa no vídeo abaixo.

Fonte: Jovem Pan News

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