O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, afirmou na manhã desta quarta-feira, 11, que o conflito entre israelenses e o grupo terrorista Hamas “está nas mãos de Israel“. Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan News, Ibrahim disse que a Faixa de Gaza, onde acontece os ataques, passa por uma crise humanitária e exigiu uma intervenção imediata por parte da comunidade internacional para “colocar fim nesta guerra maluca contra nós”. “Praticamente estamos sem um campo de concentração. Todos estão queimado e condenado a desaparecer. Os civis estão sem água, alimentos e medicamentos. A situação em Gaza é terrível. Alguém tem que parar esta loucura”, explica o embaixador da Palestina no Brasil. “A guerra não está nas nossas mãos. A guerra está nas mãos de Israel que concentrou quase um milhão de detectivos, com novas armas e munições dadas pelos Estados Unidos. O que tem que ser feito é parar o bombardeio de ambas as partes. A comunidade internacional também precisa garantir a negociação baseada no direito internacional”, acrescentou. Ibrahim ainda frisou que as “amas precisam ser silenciadas” em razão da metade da população palestina ser de refugiados, segundo ele. “A guerra não ajuda ninguém. As armas não ajudam. As armas precisam ser silenciadas. Há 30 anos assinamos um acordo de paz que foi burlado e negado pelos suscetivos governos. Somos as vítimas de todas as guerras e de todos os conflitos. Metade da população palestina é de refugiados. Palestina está pagando muito caro e, por isso, vemos que a guerra não é a solução”, completou.
O confronto entre Israel e o grupo terrorista palestino Hamas, que acontece desde sábado, 7, já deixou ao menos 2.255 mortos. Segundo o último balanço, são ao menos 1.200 em Israel, de acordo a imprensa local, e cerca de 1.055 na Faixa de Gaza, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, além dos 17 da Cisjordânia ocupada. Entre os mortos está o brasileiro Ranani Nidejelski Glazer, de 23 anos. O Ministério das Relações Exteriores do Brasil confirmou nesta terça-feira, 10, a morte do jovem. Glazer era natural do Rio Grande do Sul, mas morava em Tel Aviv havia sete anos. Ele também tinha cidadania israelense e chegou a servir ao Exército do país — o serviço é obrigatório, mas qualquer cidadão pode pedir dispensa. Bruna Valeanu, brasileira que estava desaparecida, também foi encontrada morta neste terça. Neste momento, uma brasileira com dupla nacionalidade segue desaparecida: Karla Stelzer.
Fonte: Jovem Pan News
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