O número de refugiados internos por causa do confronto entre Israel e Hamas, que chegou ao seu quinta dia nesta quarta-feira, 11, ultrapassou os 200 mil. “Mais de 263.934 pessoas em Gaza teriam fugido de suas casas”, detalhou a OCHA, a agência humanitária da ONU (Organização das Nações Unidas), em novo boletim na noite de terça-feira, acrescentando que esse número deve aumentar. A agência disse ainda que cerca de 3.000 pessoas foram deslocadas, “devido a escaladas prévias” à do sábado. Os intensos combates deixaram mais de 2.000 mortos em ambos os lados desde que o Hamas lançou um ataque surpresa no sábado, provocando a represália israelense. Os bombardeios destruíram mais de 1.000 casas, e 560 ficaram inabitáveis, devido aos danos, segundo o OCHA, citando autoridades palestinas. Entre os deslocados, cerca de 175.500 pessoas se abrigaram em 88 escolas administradas pela agência da ONU que apoia os refugiados palestinos. Mais de 14.500 foram instalados em 12 escolas públicas, enquanto quase 74.000 estariam com familiares e vizinhos, ou alojados em igrejas e outros locais.
O número de deslocados dentro de Gaza “representa o maior número de pessoas deslocadas desde a escalada de hostilidades de 50 dias em 2014”, disse o OCHA. Israel impôs um cerco total à Faixa de Gaza que impede a entrada de alimentos, água, combustível e eletricidade, e nesta quarta-feira, a região ficou sem energia, após a única Usina que opera na região ter cortado o fornecimento após Israel ter desconectado o território da sua rede no sábado, mesmo dia em que a guerra começou. No momento, o enclave tem agora apenas 300 mil litros de combustível, o que cobre apenas 10 horas de luz, e que está atualmente reservado até que Israel aceite que o Egito envie combustível através da passagem de Rafah, razão pela qual o corte de energia poderá durar vários dias.
*Com informações das agências internacionais
Fonte: Jovem Pan News
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