O confronto entre Israel e o grupo Hamas, que chegou ao seu sexto dia nesta quinta-feira, 12, já deixou cerca de 340 mil descolados internos na Faixa de Gaza. Segundo o Escritório das Nações Unidas para Coordenação de Assuntos Humanitários, são 338.934 refugiados internos. Quem ainda está lá, se abriga em escolas administradas por uma agência de ajuda humanitária da ONU e sofre com a ausência de água, eletricidade, comida, medicamento e gás, já que na segunda-feira, 10, o governo israelense decretou certo total na região em retaliação ao ataque que sofreu pelo grupo Hamas no sábado. A situação desencadeou uma crise humanitária que pode ficar ainda pior nos últimos dias, já que Israel ameaça lançar uma grande ofensiva na região.
O Exército israelense, que bombardeia a Faixa de Gaza com uma salva de artilharia a cada 30 segundos, cogita realizar uma “manobra terrestre” no território palestino para responder ao que Israel definiu como “o 11 de setembro israelense”. Israel prometeu “destruir” o movimento islamista palestino, que mantém sequestradas cerca de 150 pessoas capturadas em sua incursão de sábado. Entre as pessoas que aguardam por ajuda em Gaza, está alguns brasileiros. Nesta quinta-feira, 12, o governo brasileiro enviou mais um avião para a “Operação Voltando em Paz”, que resgata os brasileiros que estão vivendo em meio ao conflito no Oriente Médio. Desta vez, a aeronave vai resgatar aqueles que se encontram na Faixa de Gaza.
Segundo a (FAB) Força Aérea Brasileira), o acionamento foi feito em caráter de urgência. A intenção é que os brasileiros saiam da Faixa de Gaza até a fronteira do Egito em um ônibus contratado pela Embaixada do Brasil, utilizando a passagem de Rafah. O Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira entrou em contato com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito, Sameh Shoukry, que atendeu ao pedido de ajuda. A saída pelo Egito tem sido e melhor opção para quem está em Gaza. Contudo, está havendo algumas complicações na fronteira. Nesta quinta, por exemplo, o presidente do Egito, Abdel Fattah al Sissi, instou os moradores da Faixa de Gaza a “permanecer em sua terra”, ignorando a pressão para autorizar a saída de civis do território bombardeado por Israel em resposta a uma ofensiva do Hamas. Os moradores de Gaza “devem se manter firmes e permanecer em sua terra”, disse Al Sissi. O Egito administra a passagem de Rafah, única entrada para Gaza que não é controlada por Israel.
A Faixa de Gaza é uma área de 360 km², na qual vivem 2,3 milhões de pessoas. Os contantes ataques a região, que está sem acesso à água, energia, alimentação, gás e medicamento, gera preocupação pelas consequências humanitárias e pelos riscos de uma escalada do conflito. Organizações internacionais trabalham para que haja uma trégua e seja criado corredores humanitários. O Brasil convocou para esta sexta-feira, 13, uma reunião do Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) para discutir as questões humanitárias na Faixa de Gaza e debater resoluções para o conflito na região. Já são mais de 2.700 mortos: 1.300, segundo fontes médicas citadas pela imprensa local, enquanto o total de mortes causadas pelos bombardeios israelenses na Faixa de Gaza é de 1.448, de acordo com dados do Ministério da Saúde de Gaza.
Fonte: Jovem Pan News
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