Biden considera visita oficial a Israel enquanto foca na escalada da guerra com o Hamas.
Nesta segunda-feira, 16, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou o cancelamento de seus compromissos agendados para se concentrar na guerra entre Israel e o movimento islamita palestino Hamas, temendo a escalada do conflito. Entre os eventos desmarcados está uma viagem planejada ao estado do Colorado. Especula-se que o presidente possa visitar oficialmente Israel, após o convite do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, embora não haja confirmação oficial neste momento, afirmou um porta-voz da Casa Branca, John Kirby, à CNN. O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, está em Israel como parte de sua visita à região. Biden permanecerá em Washington para participar de reuniões sobre segurança nacional e focar nos acontecimentos entre Israel e o Hamas, de acordo com um comunicado do governo americano.
Biden, que rapidamente destacou o “dever” de Israel de se defender contra o Hamas após o ataque massivo em 7 de outubro, está preocupado com a possível disseminação do conflito devido à ofensiva em grande escala do Hezbollah no norte e ao aumento dos combates entre este movimento pró-Irã e o Exército israelense na fronteira com o Líbano. A viagem de Biden ao Colorado, planejada para promover suas políticas econômicas e sociais, foi cancelada de última hora e adiada para uma data indefinida. Relatos da imprensa indicam que autoridades israelenses e americanas estão discutindo uma possível visita do presidente Biden, que prometeu apoio inabalável a Israel após o ataque do Hamas. Esta não seria a primeira vez que Biden visitaria um país em guerra, já que em fevereiro ele fez uma visita surpresa à Ucrânia. Ele também visitou Israel em julho de 2022.
Apesar das tensões entre a Casa Branca e Israel, especialmente com o retorno de Benjamin Netanyahu ao poder, Biden tem defendido publicamente Israel durante esse conflito. Nos últimos dias, ele enfatizou a necessidade de enfrentar a “crise humanitária” em Gaza. Nesta segunda-feira, Israel anunciou que não haverá trégua para permitir a entrada de ajuda em Gaza, onde mais de um milhão de palestinos desesperados buscam refúgio na fronteira com o Egito para escapar dos bombardeios do Exército israelense, em retaliação à ofensiva sangrenta do Hamas. Desde o ataque do Hamas, mais de 1.400 pessoas, principalmente civis, perderam a vida em Israel, e pelo menos 2.750 pessoas foram mortas em Gaza, a maioria delas civis, incluindo centenas de crianças, segundo as autoridades locais. Além disso, Israel contabilizou 1.500 corpos de combatentes do Hamas em território israelense.
*Com informações da agência AFP
Fonte: Jovem Pan News
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