Durante o discurso de abertura do Knesset, Parlamento de Israel, da sua sessão de inverno, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu prometeu uma investigação sobre a falha na segurança de seu país, que desencadeou no ataque do Hamas e uma guerra que chegou ao seu décimo dia de conflito, e disse estar aprendendo com os fracasso que levaram à infiltração do dia 7 de outubro. “As razões do desastre ocorrido serão investigadas… e já começamos a tirar conclusões”, afirmou o premiê, apelando ao mundo para se unir para derrotar o Hamas. Netanyahu afirmou estar lutando contra as trevas para manter existência do Estado de Israel. “Mesmo com a passagem de 75 anos, a guerra de independência não terminou”, disse o primeiro-ministro ao Knesset, garantindo que eles vão vencer porque a existência deles está em jogo. Ele comparou o Hamas à Alemanha nazista e chamando o conflito de “uma guerra entre forças da luz e forças das trevas, entre a humanidade e o animalismo”. O premiê enfatizou que o objetivo principal é “a vitória sobre o Hamas, derrubando-o do seu domínio”.
Diante das últimas movimentações na guerra, em que apresenta estar iminente o envolvimento de terceiros no conflito, Netanyahu mandou um recado para o grupo terrorista Hezbollah, do Líbano, e ao Irã, que ameaçam interferir no conflito caso, principalmente se houver uma inserção terrestre por parte de Israel na Faixa de Gaza. “Não nos subestimem, vocês serão gravemente feridos”, falou. O conflito entre Israel e Hamas, que chegou ao décimo dia nesta segunda-feira, 16, já deixou mais de 4.000 mortos, sendo mais de 2.750 pessoas em Gaza e 1.400 em Israel, cerca de 200 reféns do grupo terrorista e mais de um milhão de deslocados internos. Demonstrando que a situação na região está delicada, a sessão de abertura do Knesset precisou ser interrompida por cerca de 40 minutos por causa de alerta de bombardeio. Os participantes precisaram ir para abrigos antiaéreos.
Contudo, antes da sessão ser interrompida, o líder da oposição Yair Lapid disse que Israel seguirá em frente na sua campanha contra o Hamas, mesmo que seja alvo de críticas internacionais e enfatizou que apoiará o gabinete de Netanyahu durante a guerra e, seguindo os passos do primeiro-ministro, prometeu que seu país “desenraizará o Hamas” porque “é impossível viver ao lado de um grupo terrorista”. “Vai levar tempo, vai exigir o uso de muita força. Se o mundo não gosta, foi porque não foram as crianças do mundo que foram assassinadas, as nossas crianças foram assassinadas”, disse Lapid, pontuando que o objetivo é vencer a guerra, restaurar a confiança e ser melhor do que eram antes de sere atacados.
Fonte: Jovem Pan News
Comentários