A família de Celeste Fishbein, uma jovem israelense de 18 anos, confirmou na terça-feira, 17 de outubro, que ela foi encontrada morta após ter desaparecido em 7 de outubro, durante um ataque do Hamas em Israel. Ela era filha e neta de brasileiros e foi sequestrada pelo grupo terrorista. Familiares relataram que o exército israelense notificou a família de que havia encontrado o corpo da jovem, mas não forneceram mais detalhes sobre quando e onde o corpo foi localizado. Nas redes sociais, a mãe de Celeste, Gladys Fishbein, prestou homenagens à filha, descrevendo-a como um “anjo”. Celeste morava em Kibutz, perto da Faixa de Gaza, onde o Hamas iniciou uma série de ataques invadindo casas e matando moradores israelenses. Alguns moradores conseguiram se abrigar nos “bunkers”, estruturas projetadas para resistir a projéteis de guerra.
Os familiares de Celeste estavam na casa da avó da jovem, onde realizavam uma cerimônia religiosa. No dia 6 de outubro, um dia antes do ataque, Celeste jantou com sua avó de 94 anos, sua mãe e seu irmão. Em seguida, foi para casa do namorado. Segundo relatos da família, durante os ataques do Hamas, a jovem se escondeu em um bunker com o namorado e respondeu que estava bem, alertando que terroristas estavam disfarçados de militares israelenses e invadindo casas. No sábado passado, dia 14, o exército israelense confirmou que ela estava na lista de sequestrados pelo Hamas. Não havia DNA compatível com o de Celeste entre as vítimas do atentado. Seu namorado ainda está desaparecido. Celeste não possuía nacionalidade brasileira, pois seu pai era israelense, e trabalhava como babá. Sua mãe, Gladys Fishbein, e sua avó, Sarah Fishbein, são brasileiras.
Enquanto estavam no abrigo, a família trocou mensagens com Celeste em um grupo da família. Ela, que estava na casa do namorado, respondeu dizendo que estava bem e alertou a família sobre terroristas disfarçados de militares israelenses invadindo as casas. Momentos após os ataques, a família perdeu o contato com ela. A jovem vivia em Israel e trabalhava como babá em uma pequena comunidade rural perto de Gaza. O conflito entre Israel e o Hamas atingiu seu 11º dia nesta terça-feira, 17, resultando em mais de 4.200 mortes, incluindo outros três brasileiros: Ranani Nidejelski Glazer, 23 anos; Bruna Valeanu, 24 anos; e Karla Stelzer Mendes, 42 anos. Eles foram vítimas fatais de um atentado terrorista do grupo palestino durante uma festa rave em território israelense, a cerca de cinco quilômetros de Gaza.
Gladys Fishbein, mãe de Celeste, é prima-irmã de Flora Rosenbaum, uma brasileira que ficou ferida em um atentado em 2001, quando um terrorista suicida detonou uma bomba na frente da pizzaria Sbarro, em Jerusalém, ferindo Flora e sua família. Um dos mortos nesse episódio foi o marido de Flora, Jorge Balazs, de 69 anos. Na segunda-feira, 16, Flora fez um apelo pela vida de Celeste em suas redes sociais. Ela também compartilhou que Celeste tinha 18 anos, cuidava de crianças e havia sido ferida por um foguete lançado de Gaza há 12 anos, mantendo os estilhaços no corpo. Flora pediu a intercessão em favor dela. O exército de Israel informou que 199 pessoas foram sequestradas pelo Hamas. O grupo palestino publicou um vídeo na segunda-feira mostrando uma refém israelense de 21 anos capturada em Gaza, sendo a primeira prova viva de um refém. Nas imagens, a jovem afirma que “eles” estão cuidando dela e dando remédios.
Fonte: Jovem Pan News
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