A Universal Music, ABKCO e Concord Publishing abriram nesta quinta-feira (19) o que seria o primeiro processo pelo uso de músicas protegidas por direitos autorais para treinar um chatbot de IA. A acusada, que também estreia na onda de litígios relacionados a tecnologia, é a Anthropic, startup de inteligência artificial. 

O que você precisa saber: 

De acordo com Matt Oppenheim, advogado das editoras musicais à Reuters, está “bem estabelecido pela lei de direitos autorais que uma entidade não pode reproduzir, distribuir e exibir obras protegidas por direitos autorais de outra pessoa para construir seu próprio negócio, a menos que obtenha permissão dos detentores dos direitos”. 

A ação explica que o direito autoral no caso do Claude foi infringido devido à tecnologia copiar as letras sem permissão como parte das “grandes quantidades de texto” que extrai da internet para treinar o chatbot a responder às solicitações dos usuários. 

Além disso, a reprodução ilegal mediante às solicitações de respostas também fere as regras. 

O grupo de editores pede uma indenização em dinheiro — o valor não foi revelado — e uma medida que interrompa a cópia, exibição e reprodução das músicas no Claude. 

Com a nova onda da IA, muitas empresas que trabalham e desenvolvem a tecnologia enfrentam processos parecidos. Além da Anthropic, a Meta e a OpenAI também possuem ações de direitos autorais por usar trabalho de autores e artistas para treinar sistemas de IA generativos.