A Meta Platforms, proprietária do Facebook, introduziu medidas temporárias a partir desta quarta-feira, 18 de outubro, para limitar “comentários potencialmente indesejados ou não solicitados” em postagens sobre o conflito entre Israel e o grupo Hamas.

Para quem tem pressa:

Segundo a Meta, a configuração padrão para quem pode comentar em novas postagens públicas criadas por usuários “na região” será alterada para apenas amigos e seguidores, de acordo com um comunicado atualizado no blog da empresa. Um porta-voz da Meta se recusou a especificar como a empresa define a região. Os usuários terão a opção de desativar essa configuração a qualquer momento, informou a Meta.

A empresa de mídia social também anunciou que desabilitará a capacidade de ver os primeiros um ou dois comentários nas postagens enquanto se percorre o feed do Facebook.

“Nossas políticas são projetadas para manter as pessoas seguras em nossos aplicativos, dando a todos uma voz”, afirmou a Meta (via Reuters). “Aplicamos essas políticas igualmente em todo o mundo, e não há verdade na sugestão de que estamos deliberadamente suprimindo vozes.”

No início desta semana, alguns usuários que postaram em apoio à Palestina ou aos cidadãos de Gaza acusaram a Meta de suprimir seu conteúdo. A Meta designa o Hamas como uma “organização perigosa” e proíbe conteúdo que elogie o grupo.

O site de notícias Mondoweiss, que cobre os direitos humanos palestinos, relatou em 10 de outubro em uma plataforma de mídia social que o perfil de seu correspondente de vídeo no Instagram foi suspenso duas vezes. Outros usuários do Instagram também relataram que suas postagens e histórias sobre a Palestina não estavam recebendo visualizações.

A Meta explicou que corrigiu um erro no Instagram que fazia com que o conteúdo repostado não aparecesse corretamente nos stories dos usuários, que desaparecem após 24 horas.

“Esse erro afetou contas igualmente em todo o mundo – não apenas pessoas tentando postar sobre o que está acontecendo em Israel e Gaza – e não tinha nada a ver com o conteúdo em si”, afirmou a Meta.