O fundador e presidente-executivo do Web Summit, Paddy Cosgrave, renunciou ao cargo no último fim de semana. Sua saída veio após o boicote de grandes empresas de tecnologia – AWS, Meta, Intel e Google, por exemplo – ao evento.

Para quem tem pressa:

As companhias disseram que não compareceriam ao Web Summit, agendado para 13 de novembro, por conta dos comentários de Cosgrave criticando os governos apoiadores de Israel pela resposta ao ataque do grupo terrorista Hamas.

Cosgrave e o Web Summit

Pessoas no evento Web Summit
(Imagem: Divulgação/Web Summit)

O executivo postou no X (antigo Twitter) que “crimes de guerra são crimes de guerra mesmo quando cometidos por aliados e devem ser denunciados pelo que são”. Em um comunicado, Cosgrave voltou a se desculpar por suas falas contra Israel e anunciou sua renúncia ao cargo de presidente-executivo de um dos maiores eventos tech do mundo.

A saída de Cosgrave é uma tentativa de isolar a Web Summit, que realiza eventos em todo o mundo. No entanto, a permanência dos participantes que se retiraram ainda não está garantida.

Empresas como Intel e Deel, que retiraram seu patrocínio, afirmaram que atualmente não têm planos de retornar. A participação majoritária de Cosgrave na Web Summit também foi questionada, mas a organização não forneceu comentários sobre o assunto.

A organização do evento pretende nomear um novo diretor-executivo em breve. Em 2022, a conferência atraiu cerca de 70 mil participantes. O evento, marcado para novembro, continua envolto em incerteza quanto à participação e ao impacto a longo prazo desses acontecimentos.