O vice-procurador-geral Eleitoral, Paulo Gustavo Gonet Branco, voltou a defender a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro nas ações que acusam o ex-mandatário de ter usado as festividades do 7 de Setembro para fazer campanha eleitoral com dinheiro público. O julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou nesta terça-feira, 24, com a leitura do relatório do ministro Benedito Gonçalves, corregedor da Corte Eleitoral. Além de Gonçalves e Gonet, os advogados de acusação e de defesa também se manifestaram – a análise do caso será retomada na quinta-feira, 26. “O quadro do Sete de Setembro de 2022 expunha à população a imagem de afinidade que a ordem jurídica quer evitar entre o agente político em campanha para a reeleição e as Forças Armadas. Chamava as Forças Armadas ao palanque dos embates eleitorais”, disse Gonet. “Tanto mais quando o candidato timbrava impor em dúvida a legitimidade do sistema de votação e, notoriamente, mais do que sugeria para as Forças Armadas o exercício extravagante da tarefa de árbitro das suas queixas”, acrescentou em outro momento.
Conforme mostrou o site da Jovem Pan, eles são acusados de uso indevido dos meios de comunicação oficias durante a campanha eleitoral de 2022. As ações, que foram movidas pelo PDT e pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), acusam o ex-chefe do Executivo e o ex-ministro de terem utilizado o palanque e a transmissão oficial da TV Brasil durante o bicentenário da independência para beneficiar suas candidaturas. A defesa de Bolsonaro teve 45 minutos para apresentar seu posicionamento e voltou a questionar a celeridade das ações que podem resultar na inelegibilidade do ex-presidente. Candidato derrotado nas eleições de 2022, Bolsonaro já foi declarado inelegível por 8 anos pelo TSE em junho, na ação sobre a reunião com embaixadores na qual o então presidente atacou o sistema eleitoral.
Fonte: Jovem Pan News
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