O movimento islamista palestino Hamas publicou nesta quinta-feira, 26, os nomes de mais de 6.700 pessoas que constam em seu balanço de mortos nos bombardeios lançados por Israel contra Gaza, em represália ao violento ataque executado por milicianos islamistas em 7 de outubro. A lista foi divulgada no dia seguinte às declarações do presidente norte-americano, Joe Biden, que pôs em dúvida a confiabilidade deste balanço. O Hamas, que governa a Faixa de Gaza, informou que ainda esperava confirmar a identidade de outros 281 mortos. Ao publicar esta lista, o Ministério da Saúde do Hamas destacou que o fazia precisamente devido aos comentários de Biden. Ao ser perguntado sobre o número de mortos no conflito, Biden pôs em dúvida os números de vítimas civis apresentados pelos palestinos. “Estou certo de que morreram inocentes, e é o preço de se fazer a guerra”, disse o presidente americano. “Mas não confio no número divulgado pelos palestinos”, acrescentou.
“A administração americana se desligou de todas as normas éticas, humanitárias e de valores fundamentais dos direitos humanos para se tornar porta-voz do ocupante [Israel] e questionar, com audácia, a veracidade dos balanços anunciados”, afirmou o Ministério da Saúde do Hamas. Por isso, o grupo “decidiu revelar os detalhes e os nomes ao mundo inteiro para que se conheça a verdade”. Os bombardeios israelenses contra a Faixa de Gaza são uma resposta ao sangrento ataque executado por comandos do Hamas, em 7 de outubro, em território israelense, onde mais de 1.400 pessoas – civis na maioria – morreram, segundo as autoridades de Israel.
*Com informações da agência AFP
Fonte: Jovem Pan News
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