Os líderes da União Europeia (UE) pediram nesta quinta-feira, 26, na cúpula de Bruxelas, “corredores humanitários e pausas na guerra” para permitir que a ajuda chegue à Faixa de Gaza. “O Conselho Europeu manifesta a sua profunda preocupação com a deterioração da situação humanitária em Gaza e apela para que o acesso e a assistência humanitária continuem a ser efetuados de forma rápida, segura e sem entraves, através de todas as medidas necessárias, incluindo corredores humanitários e pausas humanitárias”, afirmaram os líderes europeus nas suas conclusões finais. Países como Espanha e Irlanda preferiam que a declaração incluísse um apelo ao cessar-fogo, mas outros, como Alemanha e Áustria, não concordaram com esta expressão e defenderam desde o início o pedido de pausas humanitárias, que foi a opção que acabou sendo imposta. “A Áustria sempre se preocupou com o fato de haver janelas nas quais sejam abertos corredores humanitários, permitindo a entrada de ajuda humanitária, e é evidente que, neste caso, as armas param. Mas só para este caso. Todas as fantasias de um cessar-fogo significam que o Hamas continua a se reforçar para continuar levando cabo este terrível terrorismo”, afirmou o chanceler austríaco, Karl Nehammer.
O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, deixou claro que “ninguém se opõe a pausas humanitárias” e que o debate é sobre “se pedirem um cessar-fogo, isso significa que Israel não pode se defender”, algo com que a UE concorda, sempre dentro dos limites do direito internacional. Neste sentido, uma fonte diplomática garantiu que “se houvesse alguém que pudesse compreender que a Europa está pedindo um cessar-fogo, isso seria um problema”. A UE se comprometeu a trabalhar com os seus parceiros na região para proteger os civis e fornecer alimentos, água, assistência médica, combustível e proteção à população, “assegurando que as organizações terroristas não utilizam indevidamente esta assistência”. Os líderes também pediram ao Hamas para que liberte todos os reféns que capturou no ataque do seu braço armado contra Israel em 7 de outubro, incluindo cidadãos europeus. Além disso, os líderes europeus sublinharam a necessidade da guerra entre Israel e Hamas não se propagar para outros países da região, motivo pelo qual se comprometeram a manter contatos com os seus parceiros, incluindo a Autoridade Nacional Palestina.
*Com informações da EFE
Fonte: Jovem Pan News
Comentários