A busca por uma alternativa saudável e acessível ao açúcar de mesa pode ter encontrado um novo caminho promissor. Cientistas da Universidade da Califórnia (UC Davis) revelaram um “avanço significativo” na produção de alulose, uma substituta do açúcar que promete revolucionar o mercado alimentício.
Para quem tem pressa:
A produção em massa dessa alternativa saudável tem sido desafiadora devido aos notoriamente baixos rendimentos e à baixa qualidade nos métodos de produção atuais, conforme publicado pela UC Davis.
Alulose: alternativa promissora ao açúcar
Também conhecida como D-Psicose, a alulose é cerca de 70% tão doce quanto a sacarose, mas possui apenas 10% das calorias. Além disso, estudos demonstraram que a alulose melhora os níveis de glicose no sangue e auxilia na perda de peso em indivíduos com diabetes tipo 2.
“A alulose é uma ótima alternativa ao açúcar, mas não tínhamos uma maneira economicamente viável de produzi-la”, disse o professor de química na UC Davis, Shota Atsumi. É aí que entra o novo método desenvolvido pela equipe de cientistas da universidade.
O processo inovador envolve a utilização de bactérias intestinais comuns, Escherichia coli (E. coli), que foram geneticamente modificadas para converter glicose em alulose. O resultado teve rendimentos atingindo 62% e uma pureza superior a 95%.
Os pesquisadores explicam que, ao redirecionar os processos metabólicos da E. coli, as células foram capazes de produzir alulose de forma eficaz e eficiente. Esse método não só promete uma produção escalável, mas também se destaca por ser sustentável e economicamente viável.
Impactos da produção
Além de seu potencial para transformar a indústria alimentícia, a capacidade de produzir alulose em larga escala pode ter impactos significativos em outras áreas, como na indústria agrícola e farmacêutica.
Com a notável eficiência da E. coli modificada, que consome toda a glicose que recebe, o processo requer pouco esforço adicional para melhorar a pureza, representando mais uma vantagem em relação aos métodos de produção atuais.
O estudo, publicado na revista científica Nature’s npj Science of Food, marca um passo importante na busca por alternativas saudáveis e sustentáveis ao açúcar de mesa, oferecendo uma nova perspectiva para a indústria alimentícia e além.
Fonte: Olhar Digital
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