Diversas autoridades já alertaram para a desinformação promovida por postagens nas redes sociais sobre a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas. Até mesmo o dono do X, antigo Twitter, acabou difundindo informações falsas sobre o conflito. Elon Musk recomendou que usuários seguissem duas contas que notoriamente são conhecidas por difundir fake news. Os donos desses perfis são um adolescente e um ex-membro do exército dos Estados Unidos.

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A conta comandada pelo adolescente do sudoeste de Londres tem um longo histórico de postagens falsas. Ela recebeu milhares de novos seguidores após Musk recomendar o perfil.

Já a outra conta foi identificada por uma empresa de pesquisa como pertencente a um membro das Forças Armadas dos Estados Unidos da Geórgia.

Ambos os perfis espalharam informações falsas, tendo, inclusive, divulgado um relatório inexistente sobre uma explosão no Pentágono recentemente.

Musk chegou a apagar a postagem que recomendava as contas e disse: “Como sempre, por favor, tente ficar o mais perto possível da verdade, mesmo para coisas que você não gosta”. As informações são do The Washington Post.

Guerra em Gaza (Imagem: Anas-Mohammed/Shutterstock)

Dificuldades para combater a desinformação

Guerra Israel-Hamas e as redes sociais

Apesar do Hamas ser banido das redes sociais, desde o início do conflito no Oriente Médio, diversas contas favoráveis ao grupo terrorista ganharam centenas de milhares de seguidores. Além disso, diversas postagens com imagens dos ataques ou difundindo ideias extremistas se propagaram pela internet.

Segundo analistas, a mais recente guerra escancarou, mais uma vez, os desafios das empresas de tecnologia no sentido de minimizar a disseminação de conteúdo falso ou extremista. Em conflitos passados, as redes sociais foram fortemente criticadas por não agir contra a propagação desses conteúdos ou até mesmo por ser excessivamente zelosas, impedindo a circulação até mesmo de informações verdadeiras.

Enquanto conteúdos abertamente pró-terrorismo circulam nas redes, há milhares de relatos de postagens que não faziam qualquer apologia ao Hamas, apenas defendendo a criação de um Estado Palestino, e que foram simplesmente tiradas do ar.