O embaixador israelense no Brasil, Daniel Zonshine, em entrevista ao Portal da Jovem Pan nesta quarta-feira, 1º, manifestou a esperança de que os brasileiros possam ser incluídos na próxima lista de pessoas autorizadas a deixar a Faixa de Gaza. A passagem de Rafah, entre o Egito e o enclave palestino, foi aberta nesta quarta, pela primeira vez desde o início da guerra em 7 de outubro. Zonshine afirmou que espera que a operação continue, permitindo a retirada de estrangeiros da região. Ele acrescentou que, por enquanto, um grupo pequeno já obteve essa autorização, mas espera que mais grupos de brasileiros possam deixar a Faixa de Gaza em breve. A primeira abertura permitiu que 76 feridos e 335 pessoas com passaportes estrangeiros deixassem o enclave palestino.
Cerca de 30 brasileiros aguardam para serem retirados do enclave palestino, que tem sido alvo de bombardeios contínuos desde que o Hamas atacou Israel há 26 dias. Segundo o Itamaraty, o grupo permanece no aguardo da retirada da Faixa de Gaza, estando nas localidades de Khan Younis e Rafah, próximas à fronteira com o Egito. O governo brasileiro, por meio do Escritório de Representação do Brasil em Ramala, mantém contato constante com esses nacionais, fornecendo assistência, alojamento em Rafah e itens essenciais. Veículos contratados pelo Itamaraty estão prontos, aguardando a autorização para o trânsito do grupo pelo terminal de Rafah.
Outro ponto de preocupação é a situação dos reféns, já que o último balanço de Israel aponta que 238 pessoas estão sob o controle do Hamas desde o início da guerra. O embaixador Zonshine destacou que a libertação dos reféns é uma prioridade para Israel e que estão trabalhando para conseguir liberá-los. Ele enfatizou que a pressão internacional sobre o Hamas pode influenciar positivamente para que essas pessoas sejam libertadas, pois isso só ocorrerá quando o grupo islâmico não tiver mais interesse em mantê-las como reféns.
Com o tempo passando, os familiares dos reféns sofrem com a falta de informações, e os moradores de Israel também temem a possibilidade de enfrentar mais frentes de batalha. Além do conflito em andamento com o Hamas, o grupo libanês Hezbollah tem realizado ataques contra Israel, e a situação envolvendo Síria e Iêmen também contribui para o temor de uma escalada do conflito. O embaixador Zonshine destacou que, desde o início de outubro, a palavra tranquilidade não é conhecida pelas famílias das vítimas, que enfrentam a incerteza sobre o bem-estar e o paradeiro de seus entes queridos. Em relação à população israelense, cerca de 150 mil pessoas já foram evacuadas tanto da fronteira com Gaza quanto da fronteira com o Líbano.
Zonshine enfatizou que os eventos recentes e a crescente tensão reforçam a determinação de Israel em sair vitorioso deste conflito. Ele ressaltou que é essencial alcançar a vitória para que o Hamas não considere que pode atacar Israel de maneira mais cruel e bárbara no futuro. Ele também mencionou que a ofensiva terrestre, segunda fase das três prometidas por Israel, já está em andamento.
Fonte: Jovem Pan News
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