Apesar da confirmação do cancelamento das demissões dos trabalhadores, terminou sem acordo a reunião realizada entre representantes da General Motors (GM) e dos sindicatos dos metalúrgicos de São José dos Campos, São Caetano do Sul e São Paulo e Mogi das Cruzes. Um novo encontro deve acontecer nos próximos dias, mas, enquanto isso, a greve dos trabalhadores continua. A paralisação teve início no dia 23 de outubro, após a empresa anunciar a demissão em massa por e-mail e telegrama.
Leia mais
Justiça determinou reintegração dos funcionários demitidos
Greve continua por tempo indeterminado
Após a reunião desta segunda, a empresa confirmou o cancelamento dessas demissões, mas não houve acordo em outras questões que estão sendo negociadas entre as partes.
Nesta segunda-feira (6), estivemos reunidos com a direção da General Motors, que confirmou o cancelamento de todas as demissões realizadas em 23 de outubro. No entanto, ainda não chegamos a um acordo em relação às demais questões. Por isso, as negociações prosseguem para que possamos levar uma proposta às assembleias.
Sindicato de São José dos Campos, em nota
Em assembleia realizada pela categoria, os funcionários ainda decidiram por unanimidade continuar a greve. Também nesta segunda, os trabalhadores demitidos relataram ter recebido um comunicado da montadora, através de e-mail ou mensagem, sobre o restabelecimento do contrato, que havia sido rompido em outubro.
De acordo com este documento, o funcionário deve receber novas orientações sobre a reintegração nos próximos dias. A mensagem diz que o contrato foi restabelecido a partir do dia 23 de outubro.
A GM afirmou que a decisão da Justiça de reintegras os trabalhadores está sendo cumprida. E disse esperar chegar a um rápido acordo com a categoria.
No total, 839 demissões haviam sido anunciadas em São José dos Campos (que foram revertidas pela Justiça, 300 em São Caetano do Sul e cerca de 100 em Mogi das Cruzes. A empresa alegou a necessidade de readequar o quadro de funcionários em função da queda nas vendas e nas exportações. E ainda destacou que a medida “foi tomada após várias tentativas atendendo as necessidades de cada fábrica como, lay off, férias coletivas, days off e proposta de um programa de desligamento voluntário”.
Fonte: Olhar Digital
Comentários