Mendonça Filho, ex-ministro da Educação, apresenta um Projeto de Lei Substitutivo que altera a lei do Novo Ensino Médio aprovada em 2017.
Após uma série de audiências públicas e discussões técnicas com representantes do setor educacional do país, o deputado federal Mendonça Filho (União Brasil) propôs alterações no projeto de lei do Novo Ensino Médio. O ex-ministro da Educação apresentou um Projeto de Lei Substitutivo que mantém quatro critérios fundamentais da lei aprovada em 2017, mas com algumas modificações.
Em entrevista à Jovem Pan News, Mendonça argumentou que se trata de uma política de Estado, não de governo, e que é necessário reconhecer a crise de aprendizado e evasão causada pelo antigo ensino médio. “Mais de 50% das crianças do ensino fundamental não sabem ler e escrever adequadamente. Isso é um acúmulo de etapas com deficiências que se acumulam até a chegada ao ensino médio. Precisamos lidar com isso (…) O antigo ensino médio não dialogava com os jovens, era inflexível, dava pouco protagonismo na definição dos itinerários formativos, não tinha conexão com a educação técnica, que gera empregabilidade e melhora a renda dos jovens. Felizmente, tivemos o Novo Ensino Médio e agora o atual governo quer retroceder e voltar ao passado, vamos resistir no Congresso e no diálogo com o próprio Ministério da Educação”, disse ele.
Outra questão polêmica na educação é a regulamentação das escolas cívico-militares. Uma proposta para retomar esse modelo deve voltar à pauta de discussões na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo). O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) defende que a aprovação seja feita o mais rápido possível, no início de 2024, como destacou o parlamentar da base governista, tenente Coimbra (PL), em entrevista à Jovem Pan News: “Não acredito que vote este ano, infelizmente, devido ao fim do ano já próximo. É um projeto com sua parcela de polêmica. Acredito que no início do próximo ano já estará para votação e não teremos problemas em aprovar na Assembleia”. Para a implementação de novas escolas cívico-militares, serão necessárias consultas e audiências públicas na Alesp.
*Com informações do repórter Daniel Lian
Fonte: Jovem Pan News
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