O presidente da França, Emmanuel Macron, pediu ao gabinete de guerra de Israel para evitar a escalada do conflito, que acontece desde o dia 7 de outubro com o Hamas, especialmente para o Líbano. A solicitação foi feita a Benny Gantz, integrante do gabinete. “O Presidente da República sublinhou que era essencial evitar qualquer atitude de escalada, particularmente no Líbano, e que a França continuaria a transmitir estas mensagens a todos os interventores direta ou indiretamente envolvidos na área”, dizia o comunicado francês. O pedido vem um dia após o número dois do Hamas, Saleh Al-Arouri, ser morto em um bombardeio em Beirute, a qual o Hamas atribuiu a Israel, que não assumiu a responsabilidade. O francês também manifestou preocupação com o número de mortos civis e a emergência humanitária em gaza. O enclave palestino já registrou pelo menos 22.185 mortos, segundo o último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde administrado pelo Hamas. O conflito desencadeou uma grave crise humanitária em Gaza, cujos 2,4 milhões de habitantes vivem sitiados e, em sua maioria, deslocados e em acampamentos improvisados e superlotados.
O Exército israelense, por sua vez, disse estar “preparado para qualquer cenário”, aumentado o temor de que a guerra na Faixa de Gaza deflagre uma conflagração regional. As Forças Armadas se encontram “em estado de alerta muito elevado em todas as áreas, tanto na defesa como no ataque. Estamos altamente preparados para qualquer cenário”, declarou o porta-voz militar israelense, Daniel Hagari, sem comentar diretamente o assassinato de Saleh al Aruri, de 57 anos, número 2 do Hamas. Ismail Haniyeh, um dos líderes do grupo islâmico, disse que a morte de Aruri não levará à derrota do Hamas, “um movimento, cujos líderes e fundadores caem como mártires pela dignidade do nosso povo e da nossa nação, nunca será derrotado”. No Líbano, o movimento xiita Hezbollah jurou vingança e classificou o assassinato como “um grave ataque contra o Líbano (…) e um grave acontecimento na guerra entre o inimigo e o eixo de resistência”, expressão usada para se referir ao Irã e a seus aliados regionais hostis a Israel. Já o primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, afirmou que a morte “procura arrastar o Líbano” para a guerra. O ministro iraniano das Relações Exteriores, Hossein Amir-Abdollahian, classificou o ataque como uma “operação terrorista covarde”. A tensão no Oriente Médio ganhou mais um novo ponto de tensão nesta quarta-feira, 3, depois que explosões no Irã, durante cerimônia de homenagem ao quarto ano da morte de um general morto pelos Estados Unidos, a qual as autoridades classificaram como um ataque terrorista.
Fonte: Jovem Pan News
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