A defesa do assessor político Carlos Victor de Carvalho apresentou à 7ª Vara Criminal Federal do Rio de Janeiro novo pedido de reconsideração de sua prisão sob a alegação de que haveria erro material na investigação da Polícia Federal que apontou envolvimento do político e ativista nos atos do 8 de janeiro. Segundo o advogado Renato Gomes, a PF acusou erroneamente “CVC” de participar dos atos de vandalismo contra as sedes dos Três Poderes em Brasília e retornar a Campos dos Goytacazes dois dias depois. “Carlos não esteve em Brasília em quaisquer datas apontadas. Tão somente na posse do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2019, conforme pode se perceber (pelo) cenário ao fundo da fotografia apresentada em inquérito policial”, diz, na petição. Para corroborar sua tese, o advogado anexa a imagem original de Carvalho durante a posse de Bolsonaro e mostra que a mesma foi repostada pelo cliente em janeiro de 2023, com a legenda: “Não reconheço presidente condenado, ficha suja e comunista!” Da mesma forma, no dia 9, segundo a defesa, o réu aparece em gravações internas de uma loja de açaí localizada em sua cidade, passeando com a noiva e também fazendo compras num supermercado. No documento, obtido pela Jovem Pan, o advogado requer uma série de diligências, como pedidos para acesso às gravações dos estabelecimentos citados, o histórico de geolocalização do celular de seu cliente e até a quebra de sigilo bancário deste para demonstrar que o mesmo também não fretou ônibus para Brasília.
Sobre a acusação de que CVC teria participado de um acampamento no quartel do Exército em Campos e pedido intervenção militar, sua defesa alega que todas as participações “foram com proteção e égide da Guarda Municipal, da PMERJ e em (algumas) ocasiões da PRF”. No pedido de prisão, a PF reproduz declarações do assessor político: “Estamos aqui mais uma vez no Exército de Campos pedindo socorro das Forças Armadas contra o comunismo, contra o socialismo, não iremos aceitar um bandido condenado em três instâncias na Presidência, chega!” Também acusa CVC de ser “a principal liderança de extrema-direita em Campos e de manter ligações com outras pessoas acessíveis aos poderes, como deputados e empresários locais”. O advogado nega que o cliente seja a principal liderança da direita no município. Por fim, Gomes alega na petição que foi hostilizado e expulso da audiência de custódia e que policiais teriam pressionado o réu a fazer um acordo de delação premiada. Ele teria procurado a OAB para registrar a queixa.
Fonte: Jovem Pan News
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